JOSÉ... E AGORA?

Como o ser que se intitula humano pode chegar ao extremo de espancar um outro ser até a morte?

Animal?!

Não!

Animais, os ditos irracionais matam sim… para comer, para se defender…

Não para tomar-lhe o que conseguiu com seu esforço.

Não são sêres humanos… podem ser “humanóides”, pois parecem-se com homens… mas nada tem de humanidade.

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José saiu de seu trabalho depois de uma jornada, vestiu o paletó e encaminhou-se para o ponto…

Alguns homens o abordaram o levaram para um beco, tomaram-lhe as coisas, retiram-lhe seus documntos e o surraram até a morte.

José, simples trabalhador, simples pai de família…

E em sua casa, os filhos pequenos o aguardam ansiosos, a esposa não entende a demora… 1º dia, 2º dia, 3º dia…

Todos tentam encontrá-lo.

Nada!

Vão à uma delegacia fazer um B.O… (afinal tem-se que esperar dias…)

No Domingo, ficam sabendo, depois de muita busca de um indigente quase morto num hospital…que havia sido transferido para um outro bem distante, por necessitar de neurocirugia…

A familia foi até lá…

E…

Tristeza e alívio.

Tristeza: era José, completamente desfigurado, com afundamento craniano, coagulos já drenados depois de várias cirúrgias… entubado, em coma.

Alívio: cessaram-se as buscas! Já sabíamos onde estava…

José… se sobreviver viverá em estado vegetativo.

A família: um menino de seis anos e uma menina de cinco… a jovem esposa…

O que será deles?

Deus! Dê-lhes forças!

Dê-nos forças…

Meu irmão! Coragem! Você sairá desta…

Kira Penha Gonçales
Enviado por Kira Penha Gonçales em 10/09/2009
Reeditado em 13/09/2009
Código do texto: T1802901
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