O TOMBO


PREFÁCIO

 Até hoje não encontrei uma justificativa plausível para  o momento exato do chamado corte do cordão umbilical. Entra teoria psicanalítica, sai experiência nos divãs, e ele, o tal cordão, continua na cabeça da gente, mesmo depois de estar completamente seco no vidro que mamães guardam, ou no fundo do quintal, sabe-se lá na moela de qual penosa fugida da panela com quiabo que a aguardava no fogão, espalhando fumaça.

Esse cordão imaginário tem sido a causa da nossa insistência em permanecermos ligados à casa dos nossos pais e à terra onde nascemos, mesmo após travessias no Atlântico e outros papais, e outras mamães, e outros solos que nos adotaram vida afora.


Vou falar sobre isso: terra natal.

Vou falar também em como as pessoas mudam nossa terra, à revelia do nosso sentimento.
Vou falar, sobretudo, o que fala a Lei a respeito da terra, do solo, da posse e da propriedade.
 
Esta obra é uma viagem prática ao fantástico mundo do Direito e suas pródigas possibilidades no colo de Mãe Justiça.