O PRÍNCIPE E A ROSA AZUL
Ela é uma promessa de paraíso e brilha coberta de orvalho.
Para alcançá-la o príncipe caminho a esmo.
Não conhece sua existência e se conhece desconhece dentro de si esse conhecer.
Ela está lá rodeada de espinhos, protegida em sua fortaleza.
Um dia ela se mostra ao príncipe e ele a considera inatingível.
Só que a rosa o encanta.
Ele a quer ignorar e continuar seu caminho.
Há tantas rosas de outras cores... mas só uma rosa azul.
O príncipe começa a sonhar com a alegria que esta flor poderia trazer ao seu viver.
E ela deseja ser colhida por ele.
Na verdade os dois começam a sonhar.
Ela conhece os labirintos todos que ele precisa atravessar para alcançá-la e está disposta a ajudá-lo.
Mas sempre há um “mas” e sobre eles existe um encantamento.
Não conseguem encontrar as portas do tempo e nessa busca vão lentamente se descobrindo, se conhecendo.
Separados pela distância, pelo tempo aguardam o amanhã porque é nele que irão se encontrar.
E o hoje custa a passar, custa a morrer.
O hoje é a porta emperrada.
Existe uma senha secreta que o príncipe julga estar nas mãos da rosa, mas ela é parte do encantamento.
E é na mão do destino que foi parar.
Soninha