Surreal

São dezoito horas, o sol foi dormir mais cedo e me deixou com a noite.

Na rua, poucas luzes, algumas garrafas abandonadas rolavam com o vento.

Um cenário calmo, sem gritos ou sirenes, nem gatos, nem cães, nem pássaros, nem crianças, nem adultos... NEM NINGUÉM!!!

Num instante mudou-se o cenário, seriam sombras ou não!?

Apressei os passos, o silêncio encheu-se de ruídos, os sons dos sapatos, não eram só dos meus.

E agora? Mudar de calçada?

Do outro lado, também nada se via!!!

Não mudei, apressei ainda mais meus passos, e não fui a única.

Minha visão já turva, meu ar já fraco, desatei o nó da gravata, bem, não havia gravata.

Já não sabia nem mesmo quem eu era.

Vi logo a frente uma pedra, antes de tropeçar, joguei-me ao chão, e totalmente inerte, pedi para que me dessem uma chance, uma única chance.

Resolvi abrir os olhos, e o que vejo...

n i n g u é m.