O Beija-Flor Que Não Virou Pólen
Ela achava extremamente fácil escrever coisas que vinham do coração, principalmente quando se tratava de um amor proibido. Nesse caso, o amor da linda e loira Flor pelo pequeno e afeminado Beija-Flor. Esse louco amor nasceu de uma amizade bonita e sincera que fincou raízes profundas.
A história que ela viveu não foi um conto de fadas mais parecia uma saga: a saga do triangulo amoroso que a envolvia junto com o aboiolado Beija-Flor e sua insuportável e pesada namorada: a Baleia Flácida.
Antes da gorda e flácida Baleia humilhar e menosprezar a linda e loira Flor, na presença de seu fiel amigo, o gay Beija-Flor, existia uma amizade muito forte. Amizade esta que fazia o Beija-Flor sair às 3h da manhã de casa só pra socorrer a bela e loira Flor.
Mas essa história mudou, quando a gostosa e platinada Flor tomou um porre de esperma de zangão: ela acabou revelando que o amava. O baitola do Beija-Flor não sabia e nem desconfiava da paixão secreta e sufocada de sua leal amiga.
Mas, como em toda história sempre há uma vilã, a insegura, enciumada e pelancuda Baleia descobriu a amizade e o amor da exuberante mocinha. Como conseqüência começou uma feroz e acirrada perseguição.
Inconformada e com medo de perder a bicha do Beija-Flor, a Baleia enfurecida passou a humilhar ainda mais e de todas as formas possíveis a nossa platinada heroína. Não satisfeita, ainda proibiu o dominado amado de pronunciar qualquer palavra com a sofrida amiga.
Cansada de tanto sofrimento e de viver um interminável melodrama mexicano, a loira e linda Flor resolveu arrancar de seu coração o querido e amado Beija-Flor. Foi difícil fazer o florzinha rica virar raio laser (florzinha pobre vira purpurina).
Mas, enfim, depois de uma luta mediúnica consigo mesma, a platinada e triste heroína, com um alto falante nas mãos, anunciou aos quatro ventos a morte do Beija-Flor. Uma morte fictícia, já que o Beija-Flor não virou pólen, nem nunca poderia virar, por mais que ela quisesse, pois ele é o grande amor da sua vida.