No dia que ela me deixou....

Agarrado a rede do hospital que protejia a janela do hospital daqueles que ta como eu o instinto mandava saltar.

Vi a minha mae entrar num portao e sair por uma porta para entrar noutra e deixei de a ver.

Acho que tinha oito anos, pensei que nos tinha abandonado a mim e a minha irma bebe agora que penso sobre isso essa foi a ultima vez que a vi.

Nunca falo nessas coisas com a minha mae, que acha que tudo o que fez foi para o nosso bem.E talvez ate tenha sido de uma certa forma,mas la que e dificil entender la isso e.

Vestiram-me um pijama e fui metido numa cama trouxeram-me uma canja de aroz com peixe, as vezezs vomitava mas tinha decomer o vomito.

Estive montes de tempo na cama devo ter ficado melhor e levaram-me para uma sala onde havia muitas criancas e brinquedos comecei a passar muito tempo ali naquela sala nunca tinha tido brinquedos antes nao gostava da hora da visita os outros tinham pais e irmaos tios e tias para os ir ver a mim nunca a pareceu ninguem.

Os outros iam embora com os pais e eu ia ficando sempre para traz.

Comecei a ouvir os medicos e enfermeiras dizerem ja passou uma semana,duas trez,um mes dois e ela ano o vem buscar.

Ela a minha ame que devia estar cheia de problemas e provavelmente nao tinha dinheiro.

O dinheiro naqueles tempos era um bem raro, mas sempre fiquei com a impressao que tudo era amis importante que nos.

os comentarios de ela nao o vem buscar, ja teve alta a tanto tempo eram cada vez mais frequentes,mas comecaram a sermais simpaticos, eu tentava nao atrapalhar ou ajudar fazer recados, tentava ser util e comecei a ser recompensado.

Podia ir ao jardim e a cozinha e as nfermeiras brincavam comigo.

Costumava todos so dias ir dar de comer o bebe da cabeca grande e dos olhos brancos, o bebe que tinha doze anos ate hoje nao consigo entender porque so a cabeca cresceu.

A enfermeira Fernanada era como se fosse minha mae...era uma mae que eu queria ter.Costumava trazer-me doces e coisas boas de casa ouvia -a dizer para a cozinheira que me queria levar para casa mas o director nao deixou porque eu tinha familia.

As vezes fico a pensar que talvez tivesse sido melhor.Melhor para todos,a minha mae com menos um para cuidar, eu com um quarto so para mim e sapatos e cadernos e uma mae so para mim, uma mae que parecia ter toda a paciencia do mundo.Talvez por nao ter o problema de ter muitos filhos um marido doente pouco dinheiro.

Nao e que nao goste de minha mae, simplesmente nao entendo as coisasque faz.

Ja nao me preocupava quando ouvia dizer que tinha tido alta a mais de tres meses, mas ano aparecia ninguem para me buscar.

Todos os diasacordava ia buscar o biberom do bebe da cabeca grande e ia dar-le de comer a Enfermeira Fernanada chegava e ia tomar o pequeno almoco, os dias do arroz com peixe tinham acabado.

Para falar a verdade era melhor estar ali do que em casa, nao tinha que me levantar as cinco da manha para ir comprar pao para o meu irmao levar para o trabalho nao tinha de tomar conta das cabras.Ate que gostava das cabras o problema eq ue sempre que me afeicoava auma era sempre morta para o jantar.

Foi sempre assim a minha vida se gostava de alguma coisa acabava sempre por acontecer algo desagradavel e tudo o que algum dia tive e nunca foi nada asiim muito importante teve de ser onseguido a lei da bala, desde pequeno tive de aprender a sobreviver.

se queria um gelado tinha que ir as amres apanhar lapas ou as ontanhas ao agriao para vender chegava a cas todo contente com os lucros,mas a minha mae tinha sempre outras ideias paar o meu dinheiro e acabava quase sempre por ficar sem ele.

Ao fim de um monte de vezes comecei a ir primeiro comprar os meus doces e depois levava o toco para casa.

Tambem nao gostava da escola nao e que fosse burro muito pelo contrario, mas uma pessoa precisa de coisa basicas como sapatos para os pes, cadernos para escrever. A minha ame costumava bater-nos a mim e aos meus irmaos por nao escrevermos sempre na mesma linha e poupar muito bem o papel.A professora ficava furiosa por ver assim tanto aproveitamento ,nem uma nem outra entendiam que era impossivel agradar a gregos e troianos....

Ganhei uma corrida ente escolas descalco quando cheguei a meio quase desisti, mas ano sei porque passou-me uma coisa an cabeca e recomecei os pes psrecia que iam cair, mas ignorei a dor no fim ja nem sentia e passei os betos todos que tinham sapatos novos mas pouca energia.

Passei os betos em muitas outras ocasioes, mas acabei por ficar pelo caminho, nao tinham energia mas tinham pais ricos e importantes que os outros tinham necessdade de agradar.

Os meus primeiros sapatos fui eu que os arranjei, ahei quase novos ams todos descolados, passei dias a cozelos com linha que roubei ao meu avo e quando finalmente ficaram prontos eram perfeitos.

Deve ser por isso que hoje em dia tenho a paciencia curta.Nao percebo prque tenho de me esforcar tanto para ser entendido mas o inverso raramente acontece.

Por tudo isso cheguei a conclusao que era melhor assim que nao queria ir para casa nao queria que me viesse buscar!

Mas claro ela a minha mae acabou por me vir buscar ao fim de nao sei quantos meses.

Nunca mais em toda a minha vida vou esquecer adesilusao que senti de a ver ali.A minha ame que apareceu mais uma vez para me destruir com o brinquedo,a boa vida e a mae adoptiva que era absolutamente

perfeita.

Agarrei-me as pernas dela...da minha mae adoptiva.

A minha mae repetia o meu nome e dizia para ir com ela

Eu fiquei agarrado as pernas da tipa e nao queria largar

"O que esperava ao fim de cinco meses sem dar noticias!"

A minha mae comecou a chorar como de costume e a desculparse e no fim la tive que ir de volta a casa

fatimapegacho
Enviado por fatimapegacho em 13/07/2009
Código do texto: T1697797
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