Natureza e o homem

Um caçador andava pela floresta a procura de uma caça. Ao passar por um grande arbusto ouviu um barulho. Imediatamente, colocou sua arma em punho, achava ser a sua vítima mas, estranhamente, começou a sentir uma fraqueza em seu braço, como se sua arma tivesse o peso de uma pedra, então a segurou com as duas mãos, o esforço foi inútil pois a arma ficava ainda mais pesada. Tentou em vão sair daquela situação e suas pernas não obedeciam a seu comando. Tomado pelo desespero e já prevendo o perigo que estava correndo, pois de caçador passou para a posição de presa fácil, começou a pedir socorro. – Deus me ajude!! (Disse desesperado.)

Apenas alguns minutos se passaram, mas para ele parecia uma eternidade. De repente uma pequena luz começou a brilhar dentro do arbusto chamando sua atenção e logo um clarão se fez diante de seus olhos. Nada podia fazer apenas observar atônito aquele cenário. Pássaros começaram a surgir através dessa luz, como também vários tipos de animais, lobos, onças, macacos, enfim, todos surgindo do nada em conjunto e se posicionando ao seu redor. Logo em seguida no centro da luz forma-se a imagem de uma mulher, com cabelos esvoaçantes e com um semblante jamais visto, ao mesmo tempo em que era austero e repreensível era também doce e meigo.

Olhando nos olhos do caçador ela o indaga:

- Homem o que faz aqui, com esta arma, com essa estranha energia?

- Senhora sou um caça....dor ( respondeu hesitante)

- Mas, pelo que sinto, não me parece que está aqui a procura de uma caça apenas para alimentar sua raça! Caça por esporte?

(Diante dessa pergunta o homem empalideceu e a respondeu com o gesto abaixando a cabeça)

- Se me respondesse ao contrário não me importaria também com você deixando-o a mercê de sua sorte, se tornando a peça do seu próprio divertimento. Porém, mesmo assim, ainda não o deixaria morrer injustamente.

- Sra. se me permite falar, me perdoe! Eu te imploro! Poupe-me!

- Não é a mim que deve pedir perdão e sim para os seres que tirou a vida, para as crias que deixou sem pais, para o desequilíbrio que seu rastro deixou nas espécies. Te pergunto: Teve piedade? Observou o medo nos olhos dessas criaturas? Não é sincero no que me pede é reflexo do seu medo.

(Novamente o homem, tomado pela vergonha, abaixou a cabeça percebendo que era inútil tentar enganar aquela mulher e ela continuou...)

- Não quero te condenar, sua consciência fará isso no meu lugar, apenas ordeno que pare para o seu próprio bem e dos seus.

A raça humana vem a tempos me julgando pelas tragédias que acontecem, enchentes, tempestades, terremotos, maremotos, secas, entre outras mais, mas esse julgamento é apenas para não assumirem seus erros. Essas tragédias não são vinganças, são consequências, avisos.

Na verdade os elementos terra, água, fogo e ar não mais ocupam seu tempo para construir e sim para tentar reconstruir o que levaram precioso tempo para lapidar. A desordem está generalizada, o desequilíbrio está absurdo. O tempo é curto.

A natureza, em toda sua biodiversidade, é perfeita. Foi criada para uma etapa evolutiva e sustentar também a existência humana. Mas o homem teima em não ver isso e destrói o seu próprio sistema de sobrevivência.

Hoje apareço diante de um símbolo da destruição para que se torne um símbolo de reconstrução e digo que se assim se transformar estarei ao seu lado. Diga a humanidade em palavras o que eu tento dizer em ações, respeitem a natureza, os animais, a vocês mesmos, a vida, pois sem a natureza será a humanidade que entrará em extinção.

_ Senhora agora sim lhe peço perdão, do fundo de minha alma e não me importo mais pelo que me acontecer! Humildemente te peço, me diga seu nome?

- Agora sim, sinto sua alma! Sou a Mãe Natureza e estou aqui para implorar! Salvem-se, enquanto ha tempo!

Luz e paz para todos os seres da terra!

Glauciane Almeida
Enviado por Glauciane Almeida em 10/07/2009
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