COELHINHO DA ÍNDIA
O que se ama, não deveria nunca desaparecer... até
mesmo um bichinho, cuja amizade e entendimento,
formam correntes e sinais na comunicação, elebo-
rando o “feedback” da vida. Tudo deveria ser eterno
e no que se estima, haveria constância e incomensu-
rabilidade. O tempo não marcaria o “requiem” da
despedida com seus passos rápidos e lúgubres. En-
tretanto, este, não respeita as pretensões: Para os mo-
vimentos, esfria o calor, apaga a visão, enrijece as fi-
bras- fixando a retina. Desmantela toda a estrutura fí-
sica, que ruindo, volta ao chão molhado ou seco; estia-
do ou orvalhado; empoeirado ou limpo – enfiando no
peito o mal-estar amotinado nos costais, como um ra-
dar que procura resposta, esvoaçando a mente. Ao bi-
chinho falta o raciocínio para justificar a fraqueza do
homem de se sentir forte apenas, para mostrar superio-
ridade – não de mãos limpas, mas, de arma em punho.
É ele que lhe determina o espaço, tirando-lhe o direito
de ser infiel, sem desaparecer devorado ironicamente.
Quando o mesmo chega a querê-lo, o aspecto que envol-
ve a distância desaparece a dar lugar a uma carinhosa for-
ma de vida.- É terrível a perda de um bichinho de estima-
cão – realidade tempestuosa, de difícil aceitação impos-
ta. Hipoteticamente, creio na ideia preconcebida de no
passado ter convivido no mundo dos bichinhos: Gosto
deles! Amo-os e até mesmo gostaria de ser um
COELHINHO DA ÍNDIA!