Convite suicida.

Nesta manha, tudo começou diferente.Eu acordei mais cedo a primeira coisa que fiz apos me levantar da cama que estava tao aconchegante, foi abrir a janela da grande e arejada sala do apartamento e olhar para o céu.

O dia estava tao perfeito que chegava a dar medo, o céu era de um azul anil tao intenso, que mais perecia os mares do nordeste e não se permitia ter nem uma nuvem intrusa nele.

O sol estava mais amarelo que de costume, mesmo assim o dia estava frio e o vento fazia as folhas dançarem ao chão como se interpretassem uma perfeita companhia de ballet.

O dia me convidava a chorar na beira da lagoa, em dias assim, ela costuma ser deslumbrante, o céu alaranjado como plano de fundo, a brisa beijando a agua e provocando pequenas e perfeitas ondas.

Entretanto assim não o fiz, neguei meu espirito , alias o proibi de ir chorar na beira da lagoa, afinal la já tem agua de mais para um lugar só.

Resolvi então chorar em casa, primeiro fechei janelas e cortinas , afinal meu pranto não iria combinar com a natureza que estava do lado de fora, depois como um ato de algum ritual qualquer deitei-me na cama que ainda estava desarrumada, porem não mais aconchegante, cobri a cabeça e chorei sob as cobertas.Assim o meu voo que a muito não consegue chegar tao alto despencou , e me fez entender que não importa o quão bonito comece o meu dia, a felicidade já não me pertence a um longo tempo.

Agatha Pamela
Enviado por Agatha Pamela em 04/06/2009
Código do texto: T1631016
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