Uma estranha.
Escrever me exige muito, mesmo sendo um ato involuntário escrever me exige extremos. Me exige paz ou desespero,assim, quando estou no meio termo me perco.
Eh como se as palavras se transformassem em letras picadas e perdidas, a minha necessidade de expressão eh tao infinita que quando isso acontece me deparo com o mais absoluto caos.
Hoje não consigo me identificar nem com a paz necessária, tao pouco com o desespero insano.Hoje estou no vespertino e permaneço aqui, sem o nascer e sem o por do sol.
Essa tarde quente me envolve e não me deixa saber aonde posso me encaixar.
As palavras reais continuam ocultas, e essa que jogo em linhas, são apenas palavras jogadas ao vento que plagiam letras de musicas inspiradoras.
Escrever eh uma necessidade,tal como tomar minha medida certa de cafeina diária. Escrever eh um dom, martírio ou simplesmente fuga.
Hoje não me libertei, não me expressei, hoje escrevi apenas para não esquecer palavras aprendidas no colégio.
A mulher que habita em mim, não eh exatamente a mulher que deveria habitar, gostaria que ela fosse mais Amelia, Maria, gostaria que ela fosse menos lúdica e menos perfeita a meu ver. Gostaria apenas que ela me deixasse adormecer em paz...
PAZ...
PAZ...
...esta eh a amante do meu constante desespero.