Os pequenos mundos...
Eu caminhava pela vida quando encontrei várias rua paralelas que não se ligavam entre si, entrei numa não muito longa e que a certas distâncias bem demarcadas eu avistava pessoas em pequenos mundos e isso nessa rua... Continuei e fui ao encontro de alguém que conversava consigo mesmo dizendo:
- Tenho tudo que o dinheiro pode comprar, mas sabe que eu nunca conheci o amor, afinal os negócios, a vida para construir, o tempo tão curto...
Passei adiante e vi duas mulheres que diziam uma à outra:
- Eu sou mais bela que você!
- Mas eu tenho marido que me sustenta todos os dias!
Achei por bem continuar e segui até um belo jovem que conversava com um animal:
- Feliz és, pois não conheces o orgulho, nem a vaidade, muito menos a fome e a sede, o bem e o mal... Feliz és...
Seguindo adiante vi um homem forte, cheio de saúde que dizia:
- De que me vale a vitalidade que tenho se sou pobre e não conheço o mundo para desfrutá-lo...
Fui ainda até deparar-me com duas crianças à se falar:
- Que será o amanhã?
- Será segundo fizeste ontem e hoje...
Me admirei e vi na última casa, num pequeno mundo, um homem e uma mulher diante de um cesto com uma alegre criança recém-nascida, sem braços ou pernas... Fiquei observando, mas vi que um explicava ao outro:
- Este é abençoado porque Deus olha por ele tendo em vista que outras sete vezes que nasceu para este mundo suicidou-se, mas perseverante pediu ao Pai nova chance e Ele na sua misericórdia concedeu-lhe uma vida toda para dar valor e aprender o bem sem meios para matar-se à si... Este é abençoado...
Então segui meu caminho e me fui feliz...
MORAL DA HISTÓRIA: Na casa de meu pai há muitas moradas... Importa-nos nascer de novo para habitá-las!