Prolematica do cotidiano
PROBLEMATICA DO COTIDIANO
O ônibus não estava lotado por completo, isto é, os assentos já estavam ocupados e havia alguns passageiros em pé. Chegando em mais uma parada, o motorista parou o ônibus, para apanhar mais passageiros, eis que neste ponto, entrou um sujeito forte, semelhante ao “HULK” do seriado da TV, a sua mão direita, estava enfaixada e tinha um corte na testa. Ele olhou o interior do ônibus em busca de um lugar para sentar, como não existia , resolveu dirigir-se para o fundo do ônibus e foi sentar sobre a cobertura do motor. De costas ele apoiou as duas mãos na cobertura para dar o impulso ao corpo, para sentar nela. De repente ouviu-se um grito fino e rasante no ônibus.
- Uuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, pelas barbas do profeta, não é que machuquei a minha mão. Gritou homem forte, segurando a mão direita com a esquerda e logo após começou a soprá-la, como se o sopro acalmasse a dor.
Todas as pessoas que ali se encontravam, olharam-no com expressão de riso, mas não o fizeram temendo uma provável reação por parte do homem forte.
O motorista seguiu a viagem. Passado alguns minutos, o motorista, freiou bruscamente o ônibus. O homem forte tentando apoiar-se para não cair da cobertura, segurou o teto do ônibus com a mão direita, novamente ouviu-se aquele grito.
- Uuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
Alguns passageiros não puderam conter-se e começaram a sorrir, aumentado a fúria do grandalhão, que esperneando de dor, perguntou a um “rastafari”, que estava próximo:
- Qual o motivo da graça? Por acaso aqui no fundo é um circo?
Ninguém respondeu. O motorista, alheio a tudo, seguiu a viagem. Mais tarde, o homem forte desceu da cobertura e foi para a frente do ônibus, juntamente com o “rastafari”. Logo após uma senhora gritou que fora roubada e acusou o “rastafari”. O homem forte para vingar-se do “rastafari”, acusou-o de Ter cometido o delito. Formada a confusão, o motorista levou o ônibus para um posto policial. Depois que o “rastafari” foi revistado e interrogado, os policiais o inocentaram. O homem forte, envergonhado, pediu desculpas ao “rastafari” e estendeu a mão direita, para provar que não tinha nenhum rancor. Novamente, puviu-se aquele gritinho, fino e rasante.
- Uuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.