ALGUNS QUE EU LI DENTRO DO QUE EU ESCREVI!

Olhe...será que você consegue ver as "VIOLETAS NA JANELA?

Aquelas mesmas que o "VENTO LEVOU."

Próxima a elas, lembra?, ficava a gaiola da "ARARA VERMELHA" que de vez em quando gritava para sua dona: _Cadê, "ROSINHA, MINHA CANOA?"

Olhe, veja pela mesma "JANELA INDISCRETA" aquele "MAR MORTO", que mesmo morto, ainda te faz lembrar dela e suspirar: -Ah! "HELENA!"

Para esquecê-la, volta-se e procura pelo quarto desarrumado, o uniforme esquecido por aquele "SARGENTO DE MILÍCIAS", que um dia, contou uma história absurda sobre "O SEQUESTRO DO METRÔ."

Na mesinha de cabeceira está a "BÍBLIA SAGRADA" aberta em "GÊNESIS" na história de "ESAÚ E JACÓ", o que te faz pensar, você nem sabe bem o porquê, em "A MÃO E A LUVA" se complementando.

De repente, o burburinho de um falatório inconsequente te leva de volta à janela e você constata que são "AS PUPILAS DO SENHOR REITOR" voltando para casa naquele "BAIRRO DOS ESTRANHOS".

Então, você relanceia novamente o olhar pela praia e lá estão eles, livres, sagazes, espertos, abandonados e famintos, os "CAPITÃES DA AREIA". A sua alma poética ( ou será piedosa?) logo pensa um título para aquela "TURBA". "CEM ANOS DE SOLIDÃO", ou ainda, quem sabe, "A IRA DOS ANJOS".

Com os passos incertos, você perambula pelas "AREIAS DO TEMPO" impregnadas no espaço limitado do seu quarto e mira sem ver realmente "A OUTRA FACE" daquele "ESTRANHO NO ESPELHO" e a sua tristeza, "A HERDEIRA" de toda a sua solidão, diz bem baixinho para o seu "CORAÇÃO VALENTE": -Não se aflija, são apenas "COISAS DESSA VIDA".

Isabel Damasceno
Enviado por Isabel Damasceno em 09/05/2009
Reeditado em 29/10/2014
Código do texto: T1583926
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