SONHOS DO PINTOR - Lia de Sá Leitão 18/05/2007 (Normanda)

repostagem em 8 de maio de 2009

Quando adolescentes, oh céus! Quanta paixão imaginada, quanta lágrima escondida na solidão do segredo e nas esquinas das madrugadas mal dormidas, aquele ficante da balada de ontem tem poderes mágicos, salvaria o desejo do beijo, a perturbação dos hormônios , as mudanças as mudanças do amadurecimento, a transição de vida.

As paixões adolescentes os velhos jardins e sonhos bons e cruéis jadins de sonhos fertilizados em alguns beijos mesmo que sejam treinado nos espelhos.

Suspira-se Lua e como filhote de matilha solta-se uivos prateados caçando estrelas cadentes.

A idéia do primeiro amor. Vindo em um carro esportivo vestido numa roupa de griff, o menino mais desejado da Escola, tipo atlético, simpático, bonito, aquele que entende tudo de Orkut, sons e danças da moda. Não é necessário conteúdo por que nesse momento tem-se todo o tempo do mundo para construir a vida.

Tintas passadas na tela com cores fortes e reentrâncias insinuantes, perspectivas perfeitas os copos unidos em alma e carne.

Pinceladas ainda mais fortes no poder de luta, da contestação, das perguntas sem respostas ou dos nãos sem explicação.

O desejo ilimitado da eternidade dá a sensação de semi deuses.

Mas o amor, o primeiro amor, nem imaginam que durante o decorrer do caminho as paixões serão sempre como o último amor. Colocando as roups de um adolescente logo chega o questionamento: e se ama mais de uma vez?

Alguém cuca fresca diria sem pestanejar, Ama sim!

As pinceladas do artista implicam em cores desmaiadas. um vermelho sangue ali, uma transparência indiscreta de uma lágrima, mais aqule corte transverssal é aquela dor que dói em sigilo, ora ferve em tons brasis, ora neva em tons antárticos.

A cor da pele surrada de sol, sal, vendavais e saudade está tudo escrito no retrato da natureza

O Ser pode amar quantas vezes forem necessárias para encontrar a meta, ninguém procura a Terra do Nunca, ninguém busca em seus castelos onde ficou o verdadeiro amor, aquele que todos querem e poucos se lembram que amar é uma atitude positiva, agradável, feliz, o amor não machuca.

Alguém saiu da adolescência e sofreu, tornou-se um caminhante infeliz e associou sua vida triste e sem sol ao amor falido, ao amor desventurado, ao amor sem sorrisos, mas essa dor vem de onde imagina-se ser fonte de todas as dores, o chafariz que impulsiona ou serve apenas de adorno na praça do coração.

Verdade seja dita o que dói são as vontades impostas ao próprio amor.

O tamanho do sonho obrigatoriamente tem que caber na estatura e estrutura do outro ser, daquele que por bem da natureza o homem é a propriedade do coração.

Decididamente quem criou a dor o amor foi o corpo maltratado e a esperança esquartejada das ilusões atendo-se ao fio de seda, que a aranha teceu como única solução de alcova, teceu a teia dos clamores. A aranha gotejou os aromas tentadores da sedução para se completar e complementar o véu da sedução a bruma que envolve o acalanto da noite.

Ah! Dor, fazendo uma releitura do texto a velha e constituida dor está em palta, não tem como fugir, racionamente não é dor de amor, é dor de reumatismo da paixão, encraquelamento da ãnima, picuinhas, trololós que o ser aucumula e os guarda com tanto carinho que tem a coragem de elogiar aquele que morreu de amor, ninguém morre de amor, todos são passivos de morrer de um crime passional ou suicídio, mas amor não mata pelo fato de possuir em seu simples sistema de engrenagem o poder da juventude eterna.

O amor se renova é indestrutível ao ser material.

A força o amor jamais devia ser pedida omo a vivacidade da adolescência, como são sábios os adolescentes, possuem a esenia verdadeira da verdadeira atitude mas perde a razão pela bobice de não conservar o único bem importante para a idade madura o amor brinca com as decisões, faz loucuras à luz das luzes dos carros que passam em alta velocidade pela rua.

O adolescente precisa tomar corpo e encarar a vida nova, mas ninguém ensina nas Escolas; jamais percam o sentido de SER.

Mesmo adulto manter como lema e primeira tarefa da afeição o que dói, o que não dói? Qual o Homem velho e qual o Homem novo?

A Lei do Amadurecimento é ferrenha, ela impõe condições.

O adolescente abre as comportas do coração para os desejos mais saborosos da vida, os adultos praticam todas as libertinagens que um dia já foi atitude, amor.

Continuando a comparação entre a fidelidade do adolescente em relação as atitudes dos adultos que se imaginam os donos das verdades incontestáveis, atitude é a palavra mais esquecida, uma atitude mexe com o ser e o ser estruturado tem muito a perder de bens materiais e saberes adquidos, é intocável o valor estruturado.

Possivelmente, se o adulto pensasse mais em atitudes do que em padrões, certamente a qualidade de amar seria outra.

É possível nesse momento deixar o texto teórico lá no canto dele com suas dores e amarguras para dar um tom de maior intimidade com o amor.

É necessário que a redação saia da linguagem impessoal, do tratado mosaico de uma psicologia. Existindo o Universo Cinderela dos Castelos e principes, que maravilha! Estamos cansados da rigidez temática imposta pela seriedade, vamos correr com mais simplicidade e humildade pelas estepes, sejamos como os lobos que tudo sabem, que tudo obsevam, que atacam em suas necessidades sem deixar cair a máscara daqueles que escondem a sabedoria sepultada dos ossos dos ancestrais.

Mexer com amor não é a conta do banco positiva ou negativa, mexer com amor é lidar com a própria vida para respeitar e caber na vida do outro.

Lia Lúcia de Sá Leitão
Enviado por Lia Lúcia de Sá Leitão em 08/05/2009
Código do texto: T1583300
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