UMA VIDA NO CABIDE
Falando sério...
"A cada cabeça, uma sentença"
De meia em meia hora, copo d'agua e canudinho.
E agora...
Vai doer, amargo pra valer, tem gosto de fel.
Descendo rasgando o véu, descortinando o céu, amanhecer
sem chance de colar na carne... Licenciado para consumo.
Eu te avisei...
Podia não ter chorado, saberia a hora de ir, subindo ou descendo a estrada; a saída era o destino.
Vai em frente...
Ergue-te, esqueça a entranha doente. Caminha que existe unguento
à frente e diferente. Vai te fazer ver a luz, ver sorriso na lama, achar que é de graça o caro, cortar laços e fitas, ler manuscritos antigos entender...nada é para sempre!
Arrebenta!
Agora, está mais claro, vejo até a luz do dia!
Esvaziar gavetas, trocar fitas e fios, dar a aquele o que de mim se perdeu. Encarar que é agora...
Do armário no ultimo quarto, onde todos se esconderam, de onde ninguém saiu, sacar com feroz, decisão, sem usar benevolência, desabrigar, as mazelas, tristezas e coisas não ditas.
Flagelar todas as iras, dos cantos os desencantos e a vida no cabide!