Ato Insano
Depois do ato, de fato, consumado, quando não havia mais volta, olhava para aquela face assustada, olhos arregalados e questionava silenciosamente... ela não sabia o risco que corria?
No inicio era uma turma engraçada, um grupo como tantos outros, tinha senhor Wilson, no auge dos seus quarenta e nove anos de idade, funcionário público, que chegava na aula atrasado, mas chegava.
Aquele forte odor de nicotina revelava o vicio diário, além da desproporcionalidade estética, própria de hábitos sedentários, que nos levou a risos e fortes gargalhadas, suas mãos apoiavam aquele excesso de medidas circundando a linha da cintura, aquela estatura mediana, sempre trajando camisa social, cores firmes, calças largas e nunca um jeans, quase não levantava a voz, buscava sempre aquela posição estratégica, do lado direito da sala, onde observava a tudo e todos, mas tudo acontecia dentro da normalidade, era a turma.
Enquanto do lado esquerdo, posicionava-se ela, jovem, corpo escultural, movimentos exagerados, sorriso largo, pele cor de jambo, sempre trajando algo bem minúsculo, realçando ainda mais aquelas curvas, numa mistura louca de sensualidade, extravagância e exagero, que nos remetia a uma dúvida constante, e não a definíamos nem como mulher, nem tão pouco como menina, talvez fosse a própria metamorfose ambulante, naquela blusinha colorida, naquele jeans rebaixado, ou até mesmo na micro saia desajeitada.
Sua entrada nada discreta, com pisadas firmes, eram marca registrada, não fazia segredo ou cochichava, seu tom alto, sua voz grave, e a linha de raciocínio complexa, nada disso era problema, era a turma, normal, respeitemos as diferenças e vamos em frente...
Naquele dia de março, muita chuva, trânsito lento, ruas quase sem pedestres, praticamente desertas, os poucos que se aventuraram na direção do campus, percebiam aos poucos o quanto estavam só, e a grandeza do campus, naquele emaranhado de corredores, longos, desérticos, repleto de silêncio e solidão...
Neste dia marcado, tantos problemas na repartição, e sua fuga, apenas para esquecer o dia que teimava em não acabar, buscou o refugio naquela direção, naquele imenso prédio, num corredor sem tamanho, senhor Wilson levanta as vistas e não contém a excitação, é aquela morena, pernas de fora, decote imenso, com seios quase à mostra, e nada mais importa, ninguém a nossa volta, avança feito um lobo faminto sobre aquele corpo despido, arranca o pouco tecido que tentava lhe cobrir os mamilos, deleita-se com loucura e extravagância, abocanhando o premio que jurava ser seu, e ainda em transe, não ouve gritos, não sente o desespero, nem o destempero da morena ao chão, e chega a multidão, surgida de toda aquela solidão, separa, tira o louco, salva a menina, que agora, encolhe-se num canto, tremula e assustada, coberta por uma camisa emprestada, ainda desnorteada, sem entender a situação que passava... apenas a vergonha, agora lhe pesava...
Depois do fato consumado, quando não havia mais volta, olhava para aquela face assustada, olhos arregalados, ela realmente não sabia o risco que corria.
Depois do ato, de fato, consumado, quando não havia mais volta, olhava para aquela face assustada, olhos arregalados e questionava silenciosamente... ela não sabia o risco que corria?
No inicio era uma turma engraçada, um grupo como tantos outros, tinha senhor Wilson, no auge dos seus quarenta e nove anos de idade, funcionário público, que chegava na aula atrasado, mas chegava.
Aquele forte odor de nicotina revelava o vicio diário, além da desproporcionalidade estética, própria de hábitos sedentários, que nos levou a risos e fortes gargalhadas, suas mãos apoiavam aquele excesso de medidas circundando a linha da cintura, aquela estatura mediana, sempre trajando camisa social, cores firmes, calças largas e nunca um jeans, quase não levantava a voz, buscava sempre aquela posição estratégica, do lado direito da sala, onde observava a tudo e todos, mas tudo acontecia dentro da normalidade, era a turma.
Enquanto do lado esquerdo, posicionava-se ela, jovem, corpo escultural, movimentos exagerados, sorriso largo, pele cor de jambo, sempre trajando algo bem minúsculo, realçando ainda mais aquelas curvas, numa mistura louca de sensualidade, extravagância e exagero, que nos remetia a uma dúvida constante, e não a definíamos nem como mulher, nem tão pouco como menina, talvez fosse a própria metamorfose ambulante, naquela blusinha colorida, naquele jeans rebaixado, ou até mesmo na micro saia desajeitada.
Sua entrada nada discreta, com pisadas firmes, eram marca registrada, não fazia segredo ou cochichava, seu tom alto, sua voz grave, e a linha de raciocínio complexa, nada disso era problema, era a turma, normal, respeitemos as diferenças e vamos em frente...
Naquele dia de março, muita chuva, trânsito lento, ruas quase sem pedestres, praticamente desertas, os poucos que se aventuraram na direção do campus, percebiam aos poucos o quanto estavam só, e a grandeza do campus, naquele emaranhado de corredores, longos, desérticos, repleto de silêncio e solidão...
Neste dia marcado, tantos problemas na repartição, e sua fuga, apenas para esquecer o dia que teimava em não acabar, buscou o refugio naquela direção, naquele imenso prédio, num corredor sem tamanho, senhor Wilson levanta as vistas e não contém a excitação, é aquela morena, pernas de fora, decote imenso, com seios quase à mostra, e nada mais importa, ninguém a nossa volta, avança feito um lobo faminto sobre aquele corpo despido, arranca o pouco tecido que tentava lhe cobrir os mamilos, deleita-se com loucura e extravagância, abocanhando o premio que jurava ser seu, e ainda em transe, não ouve gritos, não sente o desespero, nem o destempero da morena ao chão, e chega a multidão, surgida de toda aquela solidão, separa, tira o louco, salva a menina, que agora, encolhe-se num canto, tremula e assustada, coberta por uma camisa emprestada, ainda desnorteada, sem entender a situação que passava... apenas a vergonha, agora lhe pesava...
Depois do fato consumado, quando não havia mais volta, olhava para aquela face assustada, olhos arregalados, ela realmente não sabia o risco que corria.