Adeus, Satine!(Publicado)

Ainda me lembro...daquelas noites frias de maio em que a beleza de Satine aconchegava meu sonho profundo.

O amor de Satine me deixou lembranças, me deixou sua marca. E até hoje minha vida segue sozinha e soturna.

Tudo isso é o preço que pago por tanto desejar o imortal amor de Satine...

Satine surgiu em minha vida como um sol surge nas alvoradas trazendo calor ao mundo.

De fato, Satine esquentava algo, algo bem mais complexo que um simples mundo. Satine esquentava um amor irrefreável... Ela esquentava o meu amor.

Nos conhecemos em 29 de Abril de 1998. No instante que a vi meus pensamentos desvaneceram, minhas palavras fugiram, mas a partir desse momento meus sonhos fluíram como flui o poema das mãos do apaixonado poeta.

Começamos uma história. Curta, mas inesquecível!

Aprendi a conhecer as madrugadas ao lado de Satine, em noites que eu almejava jamais chegarem ao fim.

O amor de Satine era impetuoso... voraz... insaciável.

Cada noite que se passava era mais um motivo para aumentar meu desejo pelo belo e ardente corpo de Satine.

As noites de amor se repetiam, e foram se repetindo, e repetindo e repetindo até aquela fatídica e dolorosa manhã.

Satine continuava ao meu lado como nos dias passados, mas dela eu não podia ouvir respiração, não sentia o habitual calor que me fazia suspirar, não havia mais aquele amor...

A tristeza tomou conta de tudo. Eu acabara de perder o amor que me deu a vida, eu acabara de perder... a vida...

Nunca soube a verdadeira razão da sua partida, jamais soube o que a deixou naquele sonho sem volta.

A única verdade que eu soube foi que o amor de Satine não morrera. Ele ainda vive, mais forte do que nunca, devastando e deletando um coração.

Nesse coração o amor de Satine ainda vive e para sempre viverá fazendo de mim um réu condenado à prisão perpétua no julgamento dos amores...

Carlos E S Dantas
Enviado por Carlos E S Dantas em 13/05/2006
Reeditado em 21/04/2007
Código do texto: T155136