"Uma viajem inesquecível" Texto de: Flávio Cavalcante

Jornal da

Viagem dos funcionários do

Grupo Toledo.

RN-Brasil-Outubro de 1998

Autor: Flávio Cavalcante.

Palavras do autor

Prezados colegas de trabalho. É com muito pesar que eu recebo o cargo de redator dessas escritas, já que elas eram incumbência de nosso colega careca, vulgarmente conhecido por “Cotrim”, espécie rara, pouco conhecido em nosso meio. Acredita-se que no Brasil, surgiu desde a época do descobrimento, trazido nas caravelas de Cabral, ou nos navios negreiros alguns séculos depois. Trata-se de um inseto da família dos coleópteros e o seu nome científico é Homoliionottus Corecaccius. Devido ao grande desastre do meio ambiente está correndo alto risco de extinção. Preserve-o, por favor, ele é benéfico à natureza.

Podem acreditar que recebi o cargo das mãos do próprio; não sei se no próximo ano poderemos dizer a mesma coisa se caso eu pedir afastamento, ou se caso eu for exonerado do grupo, o que acho mais provável. Será que foi azar de vocês eu ter recebido este cargo de tamanho gabarito? Não me lembro da viagem ter sido numa sexta-feira 13; mesmo assim, não sei se sinto pena de vocês, ou se dou boas gargalhadas das poucas linhas que vou colocar em público. Como eu não sou de esconder o jogo, falo até de mim se for necessário. Por aí, vocês já devem notar o que vem pela frente. Eu não sou nenhum cômico renomado, nenhum experte em comédia. Quem sabe não sou mais um palhaço esperando uma oportunidade para subir nas costas de vocês? No bom sentido, claro... Mas entendam, sem esquecer do escracho para dar um toque apimentado nas histórias que aqui vou contar.

Vamos dar os parabéns para algumas pessoas que se comportaram como gentes decentes, pessoas que estão preparadas para freqüentar os mais altos lugares da sociedade; não podemos dizer a mesma coisa para outras que se comportaram como verdadeiros vermes, ou melhor, dizendo, como animais irracionais, capacitados para serem catados pelas carrocinhas ambulantes e serem alimentados por verdadeiros tonéis de lavagem; seres que para chegar ao nível dos que se comportaram decentemente, precisam primeiramente ter vergonha na cara e ver que um hotel de um lugar desconhecido, não é o âmbito que o mesmo faz o que quer. O que escrevo aqui, é apenas um desabafo e quem sabe um alerta para alguns abrirem os olhos e verem que não estamos falando com débeis mentais e sim, de pessoas com tirocínio capaz de melhorar o seu interior; só basta querer.

Às vezes temos que ser direto e objetivo nas palavras, porque muitas pessoas, são como burros de carga que não olham o que está em sua volta, argumentando estar sob efeito alcoólico, se tornando verdadeiros energúmenos. Eu, particularmente acho isso uma verdadeira falta de caráter.

Estou espinafrando, exatamente, não intuito da desmoralização propriamente dita, e sim, não intenção de sermos recebidos com louvores quando precisarmos da companhia que tivemos os maiores fatos inoportunos e daí, limparmos o nome da empresa a que representamos. Pode não parecer, mas estou querendo ser benevolente.

Se fui rude demais com palavras de um vernáculo chulo, desde já lhes peço desculpas, não foi minha intenção ofender a ninguém.

As histórias que aqui vou contar tive que levar ao escracho para dar um toque de comédia.

Flávio Cavalcante.

1. CENA

Meados de outubro de 1998, cidade Maceió. Era noite quase alta; o ônibus estava à frente da empresa “Grupo Toledo”; a espera dos descansados ladinos, para uma longa excursão, numa divertida viajem para Natal-RN. Grande expectativa para uns e motivo de raiva para outros que esperavam o guia Pedro, que deveria ser o primeiro a chegar. No pátio da empresa, já se encontravam alguns dos viajantes, estes, que fizeram questão de chegar mais cedo para serem os primeiros a saborear algumas latinhas de cerveja, que já estavam dentro de um isopor cheio de gelo.

Vai se aproximando a hora da partida e nada do guia Pedro, chegar. Coitado do seu Baltazar, motorista do ônibus; velho de cabelos grisalhos e rosto com rugas marcadas pelo tempo, mostrando-o já cansado de guerra, esperava sem reclamar; enquanto o outro motorista, companheiro de seu Baltazar, soltava a franga, acompanhando a batucada dos entusiasmados passageiros, que já estavam no ponto. Todos prontos para viajar e cadê o guia, disse Geraldo Rocha, chefe da gráfica da empresa, já com três no quengo e expressão de fúria, dizendo que quando o cristo chegar, ele vai ouvir o “B” A “BA”. Não terminando de pronunciar a última sílaba da palavra, chegou o guia, quase vinte minutos atrasado e Geraldo ao invés de recebe-lo com pedras na mão, foi o primeiro a cumprimenta-lo, dando-lhes boas vindas. Vai ver que foi a euforia da viajem.

Muito bem! Vamos dar seqüência aos acontecimentos. Na viajem tudo era lindo; um tipo de jardim com muitas flores, romance à vista no ar. Mas nem tudo que é bom, é por muito tempo. Quase no meio da viajem já surgia um casal secreto, que foi derrubando o véu aos poucos, por causa do efeito alcoólico, enquanto Janeide e seu... “Noivo”, ficaram bem à vontade, mas tão bem aconchegantes, que até travesseiro foi feito da perna do paciente noivo, que sofria ardorosamente, com o peso da cabeça dela nas grossas e espumosas coxas, refletindo no rosto dele, a expressão de dor em forma de caretas e dizia pra Cinderela que estava tudo bem. Só Deus sabe o que ele estava sentindo.

“O amor é lindo e mais lindo é quem ama”, já dizia grande filósofa teto a teto. Foi notável o amor roxo entre Sônia Fagundes e Waldomiro, surpreendente a união, coisa que ninguém nunca tinha visto, coisa que não perdurou por muito tempo. Repentinamente, Waldomiro dormia nos meados do ônibus, deixando dúvidas nos agitados beberrões viajantes, o que realmente teria acontecido. Quem ousaria pelo menos perguntar a Sônia o que foi que houve?

Enquanto uns bebiam, outros comiam demasiadamente parecendo que tinha passado três dias de fome como foi o caso o caso do Cícero Virgílio, que comeu estufantemente tanto, que na primeira noite do hotel da referida cidade, ao invés de ter dado uma baita indigestão, aconteceu um fato inédito... “Ataque de sonambulismo”. Dentro do seu aposento, saiu aquela sombra escura fincado dentro de uma cueca branca; ainda bem que as luzes estavam acesas, porque se não, iam matar o negrão de paulada, pensando que era um morcego com hábitos noturnos.

Enquanto o Virgílio comia, Rita agitava com o Pedro, dando gritos e gargalhadas estridentes. Luiz Benedito já cheio de cachaça, disse em bom tom, que Pedro, que não era o guia, estava com a mão boba, alisando as pernas do Taciano, que até então parecia que estava sentindo prazer, pelo simples fato de não falar nada. Claro, que foi uma calúnia daquelas. O que Luiz Benedito queria mesmo, era agitar com a cara dele.

No outro lado, Janeide deixa o colo de seu Príncipe encantado, aliviando-o daquele tormento por alguns instantes, sabendo ele, que aquele suplício ia começar logo mais, assim que ela se aliviasse da Bexiga, que estava em tempo de estourar. Janeide pergunta a alguém. Onde fica o toalete, já que o ônibus era de primeiro andar. Será que ela pensou que o toalete seria na mala do ônibus?

Enquanto isso, Flávio quebrava o pau com Luiz Benedito, brigando pela Janela do ônibus, este, que foi jurado de estupro assim que chegasse no hotel pelo grosseiro brutamontes. Quando no hotel, uma certa noite de domingo, Flávio entra no banheiro para tomar banho, que durou pouco mais de duas horas e meia; já cansado de esperar, Luiz Benedito começa a gritar... “Eita banho da peste!”. O problema era que ele também precisava usar o chuveiro, além de enfadado da viajem, ele precisava dar uma volta na cidade. Repentinamente, Flávio sai do banheiro completamente nu para pegar um sabonete que havia esquecido dentro da bolsa, quase acontecendo um desastre dentro do hotel. Essa foi por pouco, disse Flávio, depois de conseguir finalmente voltar às pressas para o banheiro, se trancando a sete chaves! Flávio não parou pra atinar, que o Luiz Benedito havia separado da mulher há dois meses e estava a perigo! Pobre desse rapaz! Graças a Deus primeiramente e depois ao príncipe encantado da Janeide “Wibsom”, chegou em tempo.

A chegada na cidade foi algo impressionante para quem nunca foi e divertida para quem já conhecera. Muito cansativa por sinal; depois de quatorze horas de viajem, a espera na recepção do hotel, foi algo extraordinário. Estava tudo muito bem, até que Josias decidiu compartilhar do mesmo quarto com a sua simpática noiva, “Adriana Satir”, deixando o Walter, seu companheiro de quarto, sem eira e nem beira, e puto da vida, ou melhor, dizendo, como cão sem dono, quase em estado de loucura. A confusão ficou muito séria, a ponto de levar o guia Pedro a sair do sério e não foi por causa da confusão, e sim, por causa das palavras libidinosas que o mesmo ouvia a seu respeito; mas teve que agüentar certas coisas calado, por se tratar de um excelente profissional. Mais uma confusão começara a surgir depois que alguém, sem conhecimento das regras do hotel, viria falar em tom de autoridade, sobre o horário da diária do hotel, que o mesmo achava que assim que chegasse lá, já era para estar tudo organizado e cada um estaria nos seus devidos apartamentos, retrucou a organizadora, dando um basta na discussão, dizendo que em qualquer hotel do país, a diária sempre começa a partir do meio dia. Vendo que tinha dito uma besteira, Geraldo Rocha, pediu desculpas pela reação do mal entendido, não desenvolvendo nada mais nesse caso. Poucas pessoas viram.

Ás doze e quinze do sábado, finalmente, resolveram colocar todos nos devidos apartamentos; inclusive arrumando um local para o Walter ficar. Em um dos passeios do city tour, todos olhavam os artesanatos, mas, poucos compravam. Repentinamente, um casal de turistas, olhou para o Walter e pensou que o baixinho era o dono da lojinha, o qual de salto respondeu delicadamente “Não trabalho aqui, sou de Maceió, trabalho na Usina Sumaúma e vou voltar de avião... E tem mais... O PAIII, vai me buscar no aeroporto”. Os turistas ficaram sem entender, mas tudo bem, já era de se esperar.

Chega a hora do jantar. Nunca vi tanto faminto. Janeide já preparada guardava uma sacola contendo seis pães, já se preparando para o porvir; mas não bastou muito para a Larissa, com a qual Janeide usou o seu talento teatral para fazer o papel de Baby Sitter. A garota Larissa, bem disposta, devorou os quatro mirrados pães, que a Janeide guardava a sete chaves e mesmo assim, a Larissa quase a deixou sem comer. No restaurante do hotel, segundos algumas informações de alguns linguarudos, ela era a primeira que chegava e a última que saía. Em uma das mesas, se encontravam a dona Roseli, mãe de Larissa, e seu esposo “Paulo Chaves”, competente contador da empresa, que de longe estava sendo observado por alguns curiosos da excursão, de cara mergulhado no prato de comida; fato histórico para uma pessoa míope, ou ele estava com uma fome de leão, ou não conseguia enxergar o prato, dois palmos diante do nariz. Já o Paulo Jorge, ao chegar no sérvice do hotel, viu uma massa branca e perguntou “É PURÊ?”, responde a garçonete com ar de riso, “NÃO, É PAPA”; lá vai o Paulo descabreado sentar ao lado de Ednaldo, que gastou alguns rolos de filmes, fotografando o Paulo. Na certa queria fazer uma exposição no Shopping Center, na intenção de aprender uma nova profissão. Por falar em foto, Luiz Alberto; não sei se foi porque ficou com a boca cheia d’água ao ver a versatilidade de Ednaldo, também resolveu fotografar e como não tinha um Paulo Jorge para fazer a tal façanha, resolveu apelar para seu filho, Bruno (Menor), que fazia naturalmente pose de galã de cinema, com direito até de óculos escuros no rosto, para dar um toque de Stalone. “A formiga quando quer se perder cria asa, não é mesmo?”. Enquanto havia a sessão de fotos de um lado, do outro lado, nascia romance entre o filho de Ronaldo e as Xuxetes, Larissa e Daniela, conhecido pelas fãs nada convencional, de Rones, o gostoso (Bom título de filme, não acham?). Rones não dava a mínima para nenhuma delas; decepção para Daniela, que é uma gata; esta, que usava aparelho na arcada dentária, da mesma forma que Rones, este, que fazia questão de mostrar para as suas fãs o brilho de seus dentes prateados.

À noite, curtimos a casa de show Zas Tras. O encanto do show daquele recinto, realmente enobrece o dia cansativo de uma longa viajem, com certeza. Pela primeira vez tive o prazer de nesse show, estar junto do conhecido na empresa por amado mestre (Élson) e sua adorável esposa Maria Coimbra, que fizeram parte dessa noite maravilhosa. Daria uma excelente fotografia para primeira página de coluna social.

No domingo, aconteceu uma visita monstruosa. Não tem nada de terror nessa história. Foi uma visita ao maior cajueiro do mundo. Ele ocupa uma área de 8.400 m2. Eu vi e tenho provas que vi; porém, quem me chamar de mentiroso, eu esfrego as fotografias no nariz da pessoa de quem ousar dizer que foi mentira. Todos entram no folharal, pagando uma barganha de 0,50 centavos; valor aparentemente pequeno, mas, significante para encher os olhos gordos de algumas pessoas que já imaginara a renda diária daquele meio de vida, se fosse privado.

Uma cervejinha aqui, água de coco ali. Todos estavam na espera do majestoso passeio de escuna. Chega a hora do almoço e muitos que ainda guardavam alguma mixaria no bolso, pensavam duas vezes em dar 12,00 (Doze reais) no quilo de almoço. É achar que o turista é idiota; mas também só faz turismo quem está preparado financeiramente. Finalmente, o serviço de som do restaurante anunciou que a escuna já estava chegando e que os passageiros do passeio das 14:00 hs, por favor, se aproximassem do local de partida. Grande passeio de escuna, onde aconteceram fatos inesquecíveis, que daria até pra fazer uma abertura de filme sem querer estar em Hollyood, como por exemplo, a série “O Casal 20” apresenta, CALOTE EM ALTO MAR. Estrelando “Senhor e senhora Hart”. Uma distribuição Grupo Toledo, versão brasileira, COTRIM & CIA. Muito bem; todos assustados. O medo do mar já apavorava muitos passageiros, que ouviam das pessoas que desciam da escuna, que o barco quase virou, logicamente para causar tensão nos medrosos da próxima viajem; resultado; uns riam para não transparecer o medo, como foi o caso da Inez Palmeira, que depois de dar um show imitando uma cachorra, juntamente com Janeide (Dá pra notar a cachorrada que foi no ônibus. Vai ver que eles quiseram voltar às origens ou então se identificaram, pois a comunicação entre as duas, havia uma harmonia muito grande). Além disso, elas fizeram uma sessão de caretas; riam sem ver com que, ao olhar para as pessoas em sua volta. Realmente essa viajem foi uma descoberta de talentos. Outros entravam no barco como se estivesse vendo ali, o inferno à frente.

Começa então, o longo passeio. Tudo era divertido; o vento soprava aquela deliciosa brisa no rosto dos passageiros, que apreciavam o mar, observando o horizonte que se perdia no infinito. Vista do primeiro andar da escuna, de camarote, dando a sensação de liberdade. Pareciam burgueses. Só faltava o Wisky com gelo, servido por garçons particulares, com paletó, gravatas borboletas e tudo que um ricasso tem direito. Pobre com luxo é ótimo.

Chegamos a piscina natural e a beleza que vimos, foi um monte de pedras a uma certa distância da escuna, que para chegarmos até lá, tivemos que mergulhar calçados em algum chinelo para não ser furado pelo ouriço marinho. Não vi nada de interessante por lá. À não ser uma sensação que me chamou a atenção e esta foi por demais interessante. Teve um momento do mergulho, eu, que fui um dos primeiros a chegar em uma das pedras existentes no local que diziam ser uma piscina natural, me lembrou muito o filme “Titanic”, ao ver tanta gente nadando em direção à piscina em volta da escuna. Muito bela por sinal, a visão de lá.

Em meio ao caminho do passeio, o no dono do barco lembrava de vez em quando, que fossem ao bar acertar as contas e que, por favor, levassem dinheiro trocado para facilitar o troco. Passou um certo tempo e vez em quando o dono do barco educadamente, dizia “Olhem, está faltando um, vir pagar a contar” E quem era o caloteiro? Balbuciava o Cotrim no ouvido de Inês?! Quem?! Responde a esposa com ar de riso e expressão de ironia, para saber se era alguém do nosso grupo, já que na escuna se encontravam outros grupos de turistas. Se tivesse feito uma aposta teria ganhado uma boa grana. O dono da escuna não parava de avisar que faltava alguém pagar a conta e não queria citar nomes para evitar transtorno. Educado, o rapaz da escuna. Repentinamente, sem agüentar a espera, ouve-se uma voz em bom tom pelo alto-falante. “Senhor Edinaldo, por favor, queira comparecer ao nosso bar para pagar o seu débito”. Isso causou gargalhada geral no barco. Afinal, todos estavam esperando saber quem seria o caloteiro. Não era de se esperar. Com certeza houve um grande equívoco. Edinaldo não é de fazer certas.

No jantar, o guia “Pedro”, (Que não podia ver uma garota se aproximando do seu filho “Luquinha”. Aproximava-se e se aproveitava da situação para paquerar as meninas, chegando às vezes, exagerando e criando a maior confusão com a sua esposa) resolveu levar o grupo para um jantar fora do hotel, por achar que a empresa não havia cumprido com o regulamento do contrato. Chegamos ao restaurante Taba de Carne, bem aconchegante pela forma rústica que o ambiente propiciava e pelo atendimento que fora precípuo, para abastecer o estômago dos famintos que ali se acomodavam. Todos sentados a uma longa mesa coberta com uma toalha quadriculada de cores alegres e vigentes; não bastando passar muito tempo para as gafes cometidas sem nenhuma intenção de se tornar ridículo, irem à tona. Galinha devorada inteiramente, deixando sobre a mesa somente o esqueleto, como foi o caso do nosso amigo Godofredo, marido da Madalena, Ex-funcionária do GT. Via aquela gula demasiada, mas ficava calada, acho que para não chamar a atenção.

No outro lado da referida mesa, a transição de Jeneide e Wibsom, quando foram pagar um copo de suco de frutas, que pediram opcionalmente. A reação de susto quando eles viram o valor da conta, dizendo em tom de revolta. Que coisa cara! Lá em Maceió um suco desse não passa de cinqüenta centavos.

No dia seguinte, o guia Pedro esperava todos na portaria do hotel para acertar as contas, no qual o Paulo Chaves disse que não ia pagar aquela conta porque não tinha consumido aquele valor. Tá certo que eu assinei, mas a conta está errada, disse Paulo, falando muito sério. É de deixar dúvidas se realmente o hotel não agiu de má fé; digo, porque foi observado um fato interessante, com um dos nossos colegas, quando foi pagar a conta. Veio débitos de hóspedes anteriores e para provar que coelho não é elefante, deu problema. Finalmente eles não observaram que a data das notas que os mesmos estavam cobrando da próxima vítima, se referia aos dias que os outros hóspedes passaram por lá. Espertinhos demais.

Embarque para Maceió. O guia Pedro, querendo ser cortês, comprou alguns presentes em homenagem ao dia das crianças e olhem só que crianças foram presenteadas. Larissa, Daniela, Selma e Sandra, até que louvável; mas Simone era de se esperar que isso fosse acontecer, sem usar o Luquinha dessa vez e não deixando transparecer na frente de sua esposa. Qual será a próxima vítima do Pedro?

Na viajem, com exceção de alguns pormenores acontecidos, foi formidável. Esperamos que na próxima, haja amadurecimento e que esta sirva de exemplo e reflexão para o que devemos e não devemos fazer nos lugares que a gente não conhece.

Flávio Cavalcante.

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 09/04/2009
Código do texto: T1530801
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