Flora Ensina a Graça de Chorar
Flora era uma mulher magnífica e muito admirada por todos que a conhecia pelos anos de dedicação ao teatro. A cidade do Rio de Janeiro era seu habitat, mas morava mundo afora. Até em Roma teve a honra de representar. Seu corpo dizia sobre uma alma feliz, e disso não se sabe o quanto havia de representação guiada pela vontade. Quem conviveu com ela será difícil negar que: Carregava as manias mais doces que uma mulher pode oferecer ao olhar de pessoas descomedidas de sensibilidade. O que sua alma reluzia de especial era muito simples e pouco aguardado pela maioria, Não saia de frases feitas para dizer e distorcer a realidade quando acontecia de não ser mais suportável viver quem havia se tornado.
Flora tinha sempre uma lágrima quente: Por onde expelia sua dor vazia. E quando aconteceu sua queda sem retorno ao palco, todos ali da vizinhança amiga já haviam aprendido muito com ela: A Plenitude da Graça de Chorar.