uma vez que eu morri

sera uma verdade embaralhada

esta a qual não posso explicar

fragmentos de sonhos

daqueles tão fortes

que é impossivel negar

momento marcado no tempo

daqueles que não se pode apagar

imagens antigas

imagens da corte

da corte de algum lugar

castelos antigos, não sei

mas me lembro da torre

de sua sinuosa e dificil escada

para la chegar

então

dois homens lutando

suas armas em riste

cortantes espadas em mãos

muros quebrados

ventos cortantes

trovão que explode

acendendo na noite

iluminando os pingos

da chuva fria

que teima em molhar

alguem escondido olhando

la em cima

alguem é ferido e cai

primeiro, antes de tudo pensei

sera que fui eu

sera que fui eu

que a este infeliz eu matei

não isso não

pois então sou aquele que la morreu

não tambem não

enfim eu me dei conta

que fui aquele

que de la correu

voltei para dentro

daquela mansão

empregados em fila

uma dama ja la

o assassino a entrar no salão

espada em punho

cenho fechado

a dama me aponta o dedo

este é mais um culpado

com medo

a cara de espanto

não foi possivel nada

um corte fino no pescoço

e uma estocada no peito

ele limpou

e guardou sua espada

sem me olhar

me voltar a palavra

virou-se e foi embora

sentei-me numa cadeira pesada

os empregados a mim me cercaram

e o maior indicio que tenho

do porque isto aconteceu

foi o que então eu falei

perguntei o que tinham

com aquilo aprendido

e firmei que não devia

ter ajudado o patrão

sobre este segundo homem

que então morreu

acho que era o mordomo

mas sei, tenho a certeza,

que ele era eu