EMBRIAGADO

Cigarro aceso, sapato na mão,camisa aberta.
Hora incerta.
Cambaleante, insignificante
Na rua tropeçando em seus  próprios pés,
Xingando os cachorros que por hora latiam,
Trombava nas árvores que à frente não via
Um giro...
Do mundo, da rua, das luzes
Cidade rodando
Os olhos fechando e as estrelas piscando tão perto.
No chão o corpo caído
Sem sentido, sem sentir nada.
Olhos fechando, vendo apenas o correr  das baratas.
O sol nascendo, cabeça de ferro
Pesada... doída.
O riso sacana, imaginando de quem seria os beijos que na boca ardia,
Beijos quente, envolventes...
Lingua molhada, gelada...
Gelada?
A vontade foi levantar e brigar com o cachorro.
O corpo não obedecia 
E resmungante procurou carteira, relógio, dinheiro,
Mas busca tardia
Baseou a hora pelo rumo do sol
Era cedo...
Fechara os olhos
E na esquina
Roncava
Roncava
E dormia...
Marcia G
Enviado por Marcia G em 03/01/2009
Reeditado em 03/01/2009
Código do texto: T1365244
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