EM FRENTE AO MUNDO
Fecha o armário, não esqueça nada fora/
Olha o rádio, o serviço, o saco.
Cuidado vem alguém aí, um chato/
Que não tem nada para fazer/
Olha o serviço atrasado, o feriado/
Para de ordem, não aporrinha/
Para de me envolver em sua neurose/
Não quero mais do que um descanso/
No meu recanto, para rir e brincar/
Sorrir e gritar, como um louco/
Que na verdade procuro ser/
Para de me sacudir quando não acordo/
Não quero levantar, quero ficar/
Na solidão do tudo está seguindo/
E vou indo, é meu direito/
Direito de reclamar, de achar/
Que tudo está passando,
Como se nunca tivesse mudado,
Nada será como se nada houvesse/
Chega de gritar no meu ouvido/
Ferir minha ferida, com mordidas/
Que não é de direito, é defeito/
Pleno defeito, que me defendo/
Quero me masturbar pensando nela/
Comer comida na panela/
Usar uma lapela, cair morto/
Em frente a capela/
Quero ficar frente a frente com o mundo e cair/
Fecha o armário, não esqueça nada fora/
Olha o rádio, o serviço, o saco.
Cuidado vem alguém aí, um chato/
Que não tem nada para fazer/
Olha o serviço atrasado, o feriado/
Para de ordem, não aporrinha/
Para de me envolver em sua neurose/
Não quero mais do que um descanso/
No meu recanto, para rir e brincar/
Sorrir e gritar, como um louco/
Que na verdade procuro ser/
Para de me sacudir quando não acordo/
Não quero levantar, quero ficar/
Na solidão do tudo está seguindo/
E vou indo, é meu direito/
Direito de reclamar, de achar/
Que tudo está passando,
Como se nunca tivesse mudado,
Nada será como se nada houvesse/
Chega de gritar no meu ouvido/
Ferir minha ferida, com mordidas/
Que não é de direito, é defeito/
Pleno defeito, que me defendo/
Quero me masturbar pensando nela/
Comer comida na panela/
Usar uma lapela, cair morto/
Em frente a capela/
Quero ficar frente a frente com o mundo e cair/