Mulher de Lombada

de longe:

o negócio

bateu comigo.

filho de

dotados, de

sentimentos

delicados,

fraternais,

e ocasionais,

sempre fui

criado entre

a pura sinceridade,

e a consciência

imoral

das confrarias.

fui feito assim!

que perdão?

sem solução!

aparento

cimento duro:

onde bate

rijo fica.

assim, arrumei

uma namorada

igual às outras,

voz comum,

boa pinta,

onde navegava,na

beira ,ou no amor

dos eternos,

era sempre

com a praticidade

do

vamos devagar.

me sentia como

arreio

sem cinta.

não é que

a dita,

por mais

que eu tentasse

reverter o rumo

do riacho,

ela sempre voltava

ao mesmo

assento,

que de cetim

não tinha nada.

mão,não!

casamento

primeiro;

depois

coloca,

onde quiser,

em primeira

mão.

pô!

não sou

jornalista!

mulher das

fulguras!

não deixava

pôr a mão

em nada.

o corpo dela

era de

uma jovem

anglicana:

das franjas

castiças,

aos lábios

amorenadas,

ou na

nuca

franciscana.

isso dá

pra pertubar

qualquer homem

que quer

orvalhar!

um dia,

resolvi

quebrar

o bom senso,

as rédeas

que me sufocavam

sem ar.

agarrei a

pequena

em plena

rua,

flutuando

de gente,

que se acha

perene.

na hora

que me deslizei

entre seus braços

e os seios

carinhosos,

o alvoroço começou.

a baderna

de laços

eternos,

virou briga

nada fraterna.

muito apanhei.

e, devedor dos

deuses,

ela nunca mais

quis me ver.

sei que errei!

mas que sexo

não erra?

termina assim

minha história

esquisita de

amor intocável.

fiquei ferido

no corpo e na

alma

querida.

e prometi a mim

mesmo:

dócil mulher

quando começa

com conversa

de

"não me toque",

pulo fora

do barco.

mesmo que vá

remar de

colher!

porque só

acaba em missa

ou em pancadaria

dos remissos!

ave!

mulher de

lombada assim,

nunca mais.

mulher pra mim,

agora,

só entregando

de cara, e na hora,

todas as chaves!

José Kappel
Enviado por José Kappel em 07/04/2006
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