Quando caem as máscaras

As descobertas que fazemos em nossas vidas, em sua maioria são uma conquista. A recompensa pela luta por um objetivo, uma meta cumprida e a sensação de vitória, e é esse sentimento que nos motiva a continuar caminhando. Entretanto nem todas as descobertas são boas ou benéficas para o espírito, nem toda a verdade deve ser ouvida. Há algumas verdades que machucariam menos se fossem omitidas.

Descobri que as pessoas podem acabar com a imagem que temos dela em poucos instantes com um gesto, uma palavra. É uma imagem que construímos a partir da convivência e da expectativa de a cada dia, descobrir nessa pessoa um pouco de nós mesmos. Uma imagem que cai por terra perante as circunstância a que somos submetidos, nas quais conhecemos a fundo as pessoas.

Aqueles que por um momento foram o motivo de nossas alegrias tornam-se o motivo de nossa decepção. É amargo o gosto de descobrir que aqueles em que mais confiamos são aqueles que têm a maior capacidade de nos decepcionar. Creio que isso acontece porque depositamos tantas esperanças e esperamos tantas coisas positivas, que ao menor deslize nos decepcionamos. Talvez se esperássemos menos das pessoas isso não aconteceria.

Hoje eu escrevo somente como forma de protestar, de mostrar o meu arrependimento em acreditar que ainda existem pessoas confiáveis. A ingenuidade nos faz acreditar em coisas que sabemos que não devemos. Infelizmente nem sempre conseguimos agir pela razão.

Sinto-me boba, ingênua, traída! Ao mesmo tempo o carinho que tenho por aquele que hoje é o motivo destas palavras, tenta amenizar o que sinto. A minha cabeça manda que eu não mais confie nada a essa pessoa, porém o meu coração fala que eu não consigo e nunca conseguirei afastar-me dela, deixar de ver nela uma das melhores coisas que aconteceram comigo.

As idéias misturam-se aos sentimentos, deve-se saber perdoar. O perdão é espontâneo quando o sentimento é intenso. Todos cometem erros, deslizes, por isso perdôo sem esperar que me perdoem pelo que digo, pelo que aqui confesso. Resta aos dias escrever o futuro e ao tempo resta dizer-me se novamente poderei confiar, se novamente poderei olhar com os mesmos olhos, se verei o mesmo super-herói que viam antes, os meus olhos de criança!

Sah
Enviado por Sah em 19/12/2008
Código do texto: T1343609
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