SONHOS DESFEITOS
De viagem marcada a uma cidade do Pará, o Sr. Antonio Gonçalves e família vão dormir bem mais cedo, pois precisavam estar descansados, pegariam a estrada antes que amanhecesse o dia. Parte dessa viagem seria feito na Rodovia BR-153 e que não se encontrava em perfeito estado. Sr. Antonio ficava bravo ao lembrar-se dos impostos que são pagos e do pouco caso do Governo com as rodovias as quais ele conhecia bem, pois era caminhoneiro e muito tem sofrido em sua profissão, mas agora só queria se divertir com sua família.
Já deixaram tudo arrumado, portanto as bagagens já se encontravam no carro. Ao acordar todos estava dispostos e felizes, estariam alguns dias reunidos e viveria uma aventura em belo lugar chamado Salinas (cidade a beira mar do estado do Pará e que se encontrava a mais de 1.000 km da cidade onde moravam).
Sr. Antonio em uma das suas viagens pode conhecer o lugar e prometeu a si mesmo que levaria sua família ali, além disso, eles não conheciam o mar.
E assim como tudo estava planejado, pegaram a estrada. As crianças no banco traseiro do carro cantarolavam, faziam brincadeiras, adivinhações, comiam biscoitos e adoçavam mais aquele passeio com balas e goma de mascar.
Sr. Antonio e sua esposa Srª Elena, participavam das brincadeiras e se sentiam felizes por ver seus filhos, Patrícia (filha mais velha, muito divertida e inteligente), Diogo (segundo filho e que adorava comer) e Estela (caçula dengosa e que qualquer coisa a tirava do sério) se divertirem como nunca os tinha visto antes. Mas estavam ansiosos para chegar ao destino.
- Crianças a pior parte da estrada acabamos de fazer, agora parada para o almoço, alguém ai vai querer? Perguntou o Sr. Antonio.
- Euuuuu!!! Todos gritaram ao mesmo tempo.
E assim se dirigiram a uma churrascaria a beira da estrada (um lugar aconchegante e belo por natureza).
- Veja que lindo! Gritou Patrícia ao ver uma linda cachoeira onde a água era cristalina.
E assim todos fizeram uma boa refeição aos sons das águas batendo sobre as pedras. Sem pressa resolveram ficar mais um pouco e curtir o lugar e enquanto isto o Sr. Antonio tiraria um cochilo.
Passado isto todos dispostos a continuar a viagem e ainda mais que agora a estrada se encontrava em melhores condições.
- Que Deus continue nos acompanhado, não é mamãe? (pergunta em tom de afirmação a pequena Estela).
- Sim filha, estaremos todos em sua companhia!
Enquanto isso um homem já maduro e aparentando seus 40 anos estava em outra churrascaria, em outro ponto da rodovia, tinha passado a manhã toda bebendo com amigos e como era fazendeiro, morava por perto e assim não se preocupava em beber e pegar a estrada.
Sr. Antonio motorista experiente sabia de todas as regras a serem cumpridas em uma rodovia e, além disso, estava com sua família e por mais este motivo mantinha sempre atenção na estrada e obedecia a todas as sinalizações.
Mas o destino às vezes é muito cruel!
- Querido cuidado, aquele carro parece desgovernado! (gritou a Srª Elena).
Sim, e estava mesmo! Era o tal senhor que bebeu a manhã toda. Em uma decida em alta velocidade, não teve mais controle e foi em direção ao carro que se encontrava a família Gonçalves.
E ali, por irresponsabilidade e por um vício, terminam os sonhos de uma família inteira, que tinha muito a desfrutar e que só queriam viver bons momentos juntos e curtir merecidas férias.
Seja prudente, não misture direção e bebida, não termine com os sonhos de outras pessoas e muito menos com os seus!
Este conto é pura fixação, mas é construído dentro de uma realidade que vivenciamos. Muitas famílias já viveram este drama. Difícil ter alguém que não tenha uma estória a ser contada. Muitas pessoas trazem marcas para sempre em seu corpo e na alma de uma tragédia vivida por conseqüência de imprudência, negligência e imperícia no trânsito.
"Não corra, não mate e não morra!"
Sempre que vejo esta placa de advertência em rodovias de alguns Estados fico pensando que ela deveria ser imprimida no nosso coração e na mente para que ao conduzirmos um veículo nos lembrássemos de que a vida precisa ser preservada, tanto a nossa como a de outras pessoas. Todos têm o direito de completar a viagem.
Eu completaria a advertência assim: - NÃO BEBA QUANDO ESTIVER DIRIGINDO, NÃO CORRA, NÃO MATE E NÃO MORRA!