Naquele tempo
Na terra batida,
sol escaldante a luzir,
meus pés rachados corriam
atraz da bola de meia,
a poeira cobria
o sorriso aflorava
em volta a lavoura agonizava...
Os olhos cansados do meu pai
na janela de barro espiava:
céu azul queimante, o grito do carcará,
calango correndo no rastro
gado morrendo no pasto.
Suor pingante
na carreira da bola
não chegava no chão,
evaporava no tempo
terra seca sem vento.
No trote do pangaré,
minha mãe Nazaré
chegava com meu irmão mané
da bodega de seu samué
com farinha, rapadura e café.
Na carreira para o futuro,
três léguas até o grupo,
professora ensinava o bê-á bá
ensinava também a comer, se lavar e escovar
só esqueceu de mandar a chuva chegar...
Na terra batida,
sol escaldante a luzir,
meus pés rachados corriam
atraz da bola de meia,
a poeira cobria
o sorriso aflorava
em volta a lavoura agonizava...
Os olhos cansados do meu pai
na janela de barro espiava:
céu azul queimante, o grito do carcará,
calango correndo no rastro
gado morrendo no pasto.
Suor pingante
na carreira da bola
não chegava no chão,
evaporava no tempo
terra seca sem vento.
No trote do pangaré,
minha mãe Nazaré
chegava com meu irmão mané
da bodega de seu samué
com farinha, rapadura e café.
Na carreira para o futuro,
três léguas até o grupo,
professora ensinava o bê-á bá
ensinava também a comer, se lavar e escovar
só esqueceu de mandar a chuva chegar...