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UM DIA NA CIDADEZINHA


amanhecia,
os primeiros raios de sol passeavam pela avenida
da cidadezinha. Pardais agitados, felizes, louvavam
a existência com seus trinados.
As pessoas de todos os dias começavam a aparecer,
o barbeiro, o lojista e outros bem conhecidos no local.
Mais um dia comum,
cheio de sol, de céu azul, de trabalho duro no campo
e de bocejos na pequena prefeitura.
Os primeiros alunos já caminhavam na direção da
escola.
A calma e o sossêgo preenchiam lentamente os
espaços e o povo transpirava bondade e solidariedade.
O padre abriu a igreja e enxotou um vira-latas, sem se
lembrar que o cão era uma criatura do Senhor.
Um ônibus estacionou na pequena rodoviária e
alguns passageiros desembarcaram, com alívio transpa-
rente tomavam à direção de suas casas, eram rostos
familiares.

No meio dos recém-chegados, havia um homem que o
padre não reconheceu. Generoso, hospitaleiro, o padre
adiantou-se e cumprimentou o estranho.
_ Bom dia! meu filho.
_ Muito bom dia padre.

Conversaram durante algum tempo e depois se despediram.
Um bom homem, pensou o padre, e satisfeito voltou para
a igreja.

o desconhecido desceu a avenida,

o estuprador acabava de chegar.