As amantes

A amante a esperava no bar. Era sempre assim: quinze pras nove. Juntas foram para o jardim escuro. Atravessaram três quadras exatamente. Lá, havia folhagens grandes, que impediam até a luz dos faróis dos carros. Abraçaram-se e beijaram-se loucamente.

De repente, um celular tocou: era a namorada, estava fiscalizando aquilo que já tinha perdido. Desistiram do resto. Uma com as mãos no bolso, a outra passando batom, foram embora solitárias.

Na noite seguinte, a mesma coisa.

Márnei Consul
Enviado por Márnei Consul em 08/11/2008
Código do texto: T1272767
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