REALIDADE OU ...

Na busca de sermos pessoas melhores, para nós mesmos, buscamos sempre vencer barreiras imaginárias e visíveis, vencemos e perdemos, conquistamos e somos conquistados, erramos e acertamos, compramos e vendemos, fazemos quase tudo, ou melhor, até quando acertamos achamos que poderíamos ser um pouco diferentes.

Jamais iremos aceitar se erramos porque tinha de ser real, nem quando se erra para fazer certo no final, se aceita tal desacerto. Pode até colher bons frutos, porém está sempre a questionar que errou, e com isto se esquece das vezes que fez certo e que estamos a cada tempo ganhando de graça o direito de continuarmos na estrada do tempo. Por estas e outras é que eu me disponho a cada instante em saborear com labor os frutos de cada estação do meu caminho, até quando chega a estiagem procuro não me questionar porque está escasso, é porque fui eu mesmo que não lembrei ontem, de apenas agradecer ou ser um pouco melhor para comigo mesmo e projetar-me para o futuro.

Eu sei que tenho de amar cada segundo de meu tempo, na estrada projetada em minha frente e saborear cada curva ou reta, e até mesmo as pedras tem sentido de estar ali e ser obstáculo em meu percurso, tudo vem de encontro com meu ser louco ou irracional e para mim não para o outro, posso fazer de esquecido e fingir que não sei o porquê, ou mesmo que não conheço. Só que como tudo começa e termina partindo e retornando para mim, sou eu que no futuro irei colher o que semeei hoje ou ontem.

Posso até procurar-me bitolar que é o real e verdadeiro sentido de minha existência mais hoje, porém tenho de ser pelo menos real comigo mesmo, pois se não existir o amanhã para que valeria o hoje, e se eu não fosse importante não teria chegado aqui, pois penso e busco nos passos de meu passado forças para prosseguir hoje nas horas de dor, exemplo dos quais atravessa geração e geração e vai continuar mesmo depois da minha passagem por aqui neste estágio de minha existência.

Quero a cada entardecer ser melhor para comigo mesmo, e com isto encontrar forças necessárias para caminhar com firmes passos a cada amanhecer da ourora dos meus dias. Degustar com enlace de puro prazer de amar o meu Cristo e com fervor de cada segundo sobre o meu leito desde o iniciar de meu repousar até contemplar com o vislumbrar do brilho de meus olhos com o astro rei a brilhar lá no alto próximo ao firmamento.

Pois, para mim quando se chega a noite trazendo consigo o manto negro da escuridão e tempo de rever o que fez e deixei de fazer, refletir com a dor e com a alegria, carregar-me de energias positivas para contemplar a aurora, é e no meu leito sagrado que busco esquecer os erros e vislumbrar a beleza de meu ser, mesmo que foi só um pequenino acerto mais valeu foi eu o autor de tal qual acerto. Ir saboreando também cada detalhe onde errei e acertei fazer de cada segundo um presente repleto de sabor, porque na estrada da vida tem instante de alegrias, porém o que mais nos faz crescer e com a dor de estar mais errando do que acertamos.

Vejo muitos dizerem por ai que quem vive de passado é museu? Mais será que eles estão certos e eu estou errado? Porque então precisamos esperar nove meses para sermos gerados no ventre de nossas mães. Se o que importa é o presente então o amor de nossos pais, vai ficar onde não sei se percorro o caminho da fidelidade real da existência ou se atalho pelas trilhas das atitudes de hoje.

Poderia continuar por estas a virar paginas, e paginas de meu expressuroso livro, porém quero apenas me ver no espelho, e buscar nas dores do passado a formula mais adequada de errar menos do que hoje no futuro.

NUTE DO QUARA