maio e outros contos
Alguém abre um livro. Depois de ver a capa. O título. O nome do autor. Não reconhece porque não se conhece sobre qualquer formato aqui. Procura algo novo. Mas, é tudo igual. Não encontra. E há um triz de desistência. Mas alguém intrigado pergunta “o que há com você?” Hesita. Critica as formas. A falta de alguma fama. A trama que leva você comprar o livro. Paga algum dinheiro por ele. Sai da livraria. Depois chega em casa. E algo incomoda. Talvez a porta fechada. O calor. A ausência de brisa. Mas não é. Não é qualquer coisa fácil. Pálido como a luz do dia. Como respirar e não notar que se respira. Alguém escrevera um livro por algum motivo. E alguns. Nem se nota ali depois das horas. Senta-se sobre o sofá. Cama. Chão. Sobre o muro. E talvez não caia. Fique mesmo no mesmo lugar. Depois de tê-lo em mãos. Tão insignificante. Ande! Investigue qualquer coisa: projeto gráfico, traços comuns que se têm em qualquer outro livro, mas não pense que ignorar assim é capaz de diminuir qualquer coisa, porque não é. Também é uma reação e contrária. Deixe-o para as traças comerem. Seja egoísta. Tenha-o pelo prazer de tê-lo. Não diga pra ninguém. Nem xingue. Fique calmo. Qualquer palavra exaltada é perigosa. E não faça perguntas. Alguma pergunta não tem resposta, pode realizar. Ser alguma questão descompromissada com o que vem a ser comentado. Mas você não esqueceu. E isso incomoda. E incomodaria mesmo que não tivesse o trazido pra casa. Agora depois de sabê-lo é tarde demais. Então você pega-o, dentém-o na mão. E começa vê as suas formas. E lê o primeiro conto entre outros contos: