Noite inesquecível
Zelão era um camarada tranqüilo, mas feio pra cacete, nada o aborrecia, devia ter uns vinte anos de idade, nunca tinha beijado na boca, mas vontade não lhe faltava, o difícil era arrumar uma garota que tivesse disposta a ficar com ele.
Um sábado chegou em casa, tomou um banho, vestiu sua melhor roupa e disse pra mãe:
- Dona Filó, vou sair!
- Vai pra onde, meu filho?
- Pro baile Punk, mãe
- Fazer o que no baile punk, meu filho, é o tipo da coisa que não tem nada a ver com você, seu negocio sempre foi balada romântica!
- Eu sei mãe, só que nas baladas românticas todo mundo é muito serio e eu já tô cansado... Vou pro baile punk porque lá as pessoas são muito descontraídas e a gente brinca do jeito que a gente gosta, tem a brincadeira do trenzinho e muitas outras atrações, mas eu vou querer brincar é de trenzinho.
- Mas por que meu filho a brincar de trenzinho?
- Ah, mãe, para essa brincadeira as meninas vão de saias curtas e sem calcinha.
- Êpa! Olha o respeito comigo, menino?
- Desculpa, mãe, foi mal...
Foi ao banheiro, olhou-se no espelho passou as mãos nos cabelos tentando fazer um penteado do tipo moicano para ficar a caráter...
Foi para o ponto tomou uma perua e lá se foi. Na entrada do baile deu de cara com uma mocinha, sua amiga, que lhe disse:
- Vem cá, vamos ficar ali naquele cantinho pra gente curtir o som!
- Não gatinha, não vou não, eu vim aqui foi pra curtir a dança do trenzinho.
De repente vêm uma, duas, três loiras de farmácia, uma agarrada à cintura da outra ensaiando a tal dança. Aí Zelão se empolgou, agarrou na cintura de uma delas e caiu dentro
De súbito, surgiu agarrando na cintura dele uma gatinha loiríssima e ao sentir o perfume dela enlouqueceu-se, foi paixão à primeira vista. Brincaram um pouquinho e pararam para conversar, rolaram abraços e beijos apaixonados. Logo Zelão virou-se para ela e disse:
- Gatinha, vamos sair?
- Vamos, amor!
E abraçados os dois entraram num táxi e partiram rumo a um motel, quando no quarto adentram Zelão sentou-se num sofazinho esperando a moça se manifestar. Ela ameaçou tirar a roupa.
Deu uma rodadinha tirou a peruca e jogou em cima da cama. Zelão perguntou:
- Raspa a cabeça
- Raspo!
Deu outra rodada tirou a dentadura, ai ele ficou meio apavorado, mas dava pra levar... Em seguida, de costas para ele, outra rodada, tirou a bermuda junto com a calcinha, depois virou-se de frente, aí Zelão a perguntou:
- Raspa também?
Logo ela respondeu:
- Não. Não raspo não, gastou de tanto usar!