O grilo.
O grilo.
O grilo admirava as borboletas,
sempre dizia que sonhava com elas
e queria voar colorindo os jardins.
Um belo dia o grilo acordou com as suas pernas vermelhas,
não sentia dor, por isso, não estava doente.
Ficou todo feliz, pensando que o processo de transformação
havia começado.
Foi logo, logo, para o jardim vizinho mais próximo,
saltitando de alegria,
chamou seu amigos e contou a sua sempre história.
Todos riram muito, mas ele não estava nem ai,
tinha as pernas vermelhas, isso era o que importava,
fechava os olhos de vez enquanto,
pedindo que os seus sonho se realizasse completamente.
Porem, depois dos primeiros raios de sol forte,
veio uma chuva torrencial,
o grilo em festa por seus devaneios de loucura,
estava longe de sua conhecida proteção
e teve que encarar as intempéries do tempo,
em sua nova fase de vida, segundo os seus desejos.
A noite chegou muito escura e sem a lua presente,
de volta ao abrigo, já muito cansado, logo, logo adormeceu.
Teve novamente sonhos incríveis e ate virou uma espécie de rei
entre as borboletas.
Mas um novo dia raiou e quando olhou para o seu corpo,
percebeu que ele ficara ressecado e voltara a sua cor original,
então ficou muito decepcionado,
procurando entender o que estava errado.
O seu jardim era interno, dentro de uma bela casa,
onde os moradores eram pintores, mas em todos os seus longos
anos de vida, nunca tinha acontecido nada igual ou coisa que
soubesse de seus amigos debochados.
Porem, se deparou com um menino, que no parapeito da janela,
borrifava o jardim com uma bomba de fritz e um liquido
vermelho dentro.
De repente ficou intrigado e várias perguntas vieram lhe cobrar a cabeça, mas nada podia fazer e nem obter as respostas imediatas.
Assim passou a seguir o menino, dia após dia,
ate que num dia de primavera, o menino fora pego pelo seu tio,
fazendo tal travessura.
O menino foi questionado com certa pressão e depois recebeu
um baita sermão.
O grilo ficou satisfeito, porque ali pode entender,
que nada poderia mudar a sua natureza.
A resposta do menino foi clara e objetiva,
mas contudo, totalmente inocente.
Ele só queria que as plantas e flores, fossem vermelhas e brilhantes,
por isso, tentou inverniza-las.
Um abraço do Condor.