O pôr-do-sol

"Ah, como eu gostaria de ver o pôr-do-sol!"

Naquela tarde chuvosa e nebulosa, essa era a esperança de uma garota...

Aquela foi uma tarde triste, um dia triste. Sem ter sentido o calor do sol, teve de se levantar cedo, para ir ao colégio.

Pela tarde, tentava se esquivar do frio e da solidão, usando seus cobertores e assistindo televisão.

Mas mesmo assim, sentia um vazio dentro de si, uma inquietude que não passava. E a melancolia daquela chuva só servia para agravar esse sentimento.

Ela havia se desentendido com sua melhor amiga. Isso a deixava incomodada, inquieta.

"Como será que ela está?"

Essa pergunta persistia em incomodar a garota. Mal prestava atenção á TV. Entretanto, olhava apreensiva para seu celular. Esperava uma ligação, uma mensagem, qualquer coisa. E por qualquer motivo, essas coisas não chegavam.

Sozinha e com frio, desistiu do celular e torcia para que, naquela tarde, houvesse um pôr-do-sol.

Via apenas chuva. Nenhum raio de Sol, por mais insignificante que fosse, dava as caras pelo horizonte.

Esperava ansiosamente pelo calor, e, pelos raios rosados que marcam o fim do dia.

"Chuva inútil"

Era no que pensava, quuando via pela janela, a lama que se apossava da sua rua.

Voltou para seu cobertor. Continuava só, e então, decidiu ligar para um de seus amigos.

A conversa durou apenas uns poucos momentos, mas para ela, foi de mais valor que toda aquela tarde.

Ganhou forças. A conversa com seu amigo mostrou que ela, no final das contas, não estava sozinha. Decidiu sair daquele sofá e aproveitar o resto da tarde, se possível.

Levantou-se e contemplou a janela uma última vez. Percebeu que já não havia chuva. A neblina tinha-se dissipado.

Aproximou-se da janela para ter certeza de que não sonhava.

E viu no horizonte, aquela luz que por tanto tempo tinha esperado. Viu um pôr-do-sol. E que magnífico pôr-do-sol!!

O Fantasma Silva
Enviado por O Fantasma Silva em 05/09/2008
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