O choro de uma espada
O orvalho se acumulava na lâmina da espada e seu dono não fez menção alguma em limpá-la. Continuou cabisbaixo na campina admirando as luzes dos pirilampos. Aquelas pequenas fadas lembravam-no de sua amada cujos 3 assassinos jaziam na campina. A vingança não a trouxe de volta, já sabia que não faria, mas tampouco afastou a dor que sentia, contrariando o esperado.
O orvalho se intensificou em cima da espada que já gotejava na relva. Abatidos os corpos não se mexiam, ambos assassino e assassinados. A espada chorava. O homem chorava. Os vaga-lumes se esconderam. O tom verde deixou a relva daquela noite sem luar. Só o cheiro de sangue e orvalho pararam no ar.
As lágrimas escorreram e o dia veio. Ali já havia 4 corpos. Uma espada. E o choro.