Aventuras e desventuras de uma família do nordeste brasileiro
Em uma cidadezinha pequena do interior no sertão nordestino vivia uma família pobre, mas, muito feliz. Era a família Silva...
Não havia uma casa grande com muito conforto,mas havia corações capazes de abrigar o maior amor do mundo.Neste lar havia um grande diferencial: Deus.
A família Silva era composta pelo seu Zé , dona Marta e seus cinco filhos: Daniel, Rute,Samuel,Ester e o pequeno Jonas. Era uma escadinha...
Daniel o mais velho tinha 14 anos,estudava na escola rural Professora Isaldina Campos;Ele estava no 8º ano...Era um garoto tranqüilo,trabalhador e estudioso.Gostava de ler a Bíblia e questionar. A segunda filha era Rute;Ela tinha 13 anos,era vaidosa,falante e tinha grande agilidade com as bolinhas de gude;Era uma aluna regular...Vez por outro driblava os professores e fugia para brincar;Ela fazia 0 7° ano e almejava ser cantora. O terceiro filho era um garoto fechado...caladão...de pouca conversa...Mas, capaz de brigar severamente em defesa de quem considerasse injustiçado. Dono de uma força tremenda aos 12 anos, Samuel era respeitado na escola,vizinhança e pelos irmãos.Samuel só tinha um probleminha...Não gostava de estudar...Repetiu duas vezes o 5º ano, o que preocupava muito os pais. A quarta filha do casal Silva era a "bonequinha" Ester de 8 anos. Dona de lindos olhos grandes e castanhos, a pequena era motivo de orgulho para a família. Muito gentil e espiritual, sempre cativava a todos com suas palavras sobre o amor de Jesus por nós.Ela se sentia feliz em estar no segundo ano e primava pela leitura e caligrafia. Jonas...O pequeno Jonas...Caçulinha, sorridente e muito esperto sempre tirava proveito da condição de último filho do casal. Manhoso...Ao cometer alguma travessura corria para os braços da mãe e ficava quietinho até que alguém descobrisse. Respeitava seus irmãos e ansiava por entrar na escola.Jonas tinha 5 anos.
Essa família tão especial vivia em uma pequena terra que era abençoada pelas águas de um ribeiro.Ali eles plantavam milho,feijão,inhame,Aimpim e criavam alguns bodes e cabras. A vida não era fácil...Mas, seu Zé dava conta de tudo. Para ajudar,dona Marta fazia alguns doces para vender na feira no final da semana. Tudo corria bem... Até que um dia Samuel chegou esbaforido em casa com os olhos arregalados e bastante ofegante. A mãe sabendo que vez por outra ele se envolvia em brigas na escola...Lhe questionou pegando-lhe pelo braço:
- Samuca meu filho! o que é que você aprontou dessa vez? brigou com quem, menino?
- Briguei não mãe! tem uns home que tavam me seguindo,tudo montado a cavalo...Eu vinha andando e eles me perguntaram do pai...
respondi que ele tava trabalhando na roça.Eles me cercaram e disseram que era mentira minha...Eu fiquei com medo e dei um jeito de escapulir...eles vieram atrás e aí eu entrei no canavial de seu Amaro...
O menino que era tão calado de repente deu para falar sem parar.
O rosto de dona Marta mudou...Ela ficou pálida...
- Calma filho - Disse ela - Não há de ser nada! Guenta aqui um pouco que vou ver seu pai no roçado.
- Mãe...você tá pálida! que foi? também quero ir....
A gurizada ouviu a agitação e eles foram chegando. A primeira foi Ester que vendo a face de sua mãe, disse:
- Tenha Fé mãe! não sei o que aconteceu...Mas, Papai do céu tá cuidando do pai...
A mãe abraça os filhos e sai correndo. Daniel queria ir junto, mas, ela pede para que ele cuide dos irmãos.
Imediatamente Daniel, Rute e Samuel se unem e vão fechando portas, janelas, e retirando a roupa do varal para não dá a impressão de que havia alguém em casa.
O pequeno Jonas escondido embaixo da cama chora quieto... E a Ester de joelhos ora fervorosamente pedindo proteção para o painho que havia saído para trabalhar e pela mãe aflita.
De repente...
CONTINUE A LER NA SEGUNDA PARTE DESTE CONTO...