Doce Encontro

A noite passou...

Uma luz apareceu...

Fez-se festa dentro de mim...

Foi a brisa suave que sussurrou aos seus ouvidos

Meu desejo de reencontrá-lo...

E tu te achegaste...

Na tarde anterior prometi te esperar, e esperaria,

Mas o sol ao partir levou consigo minha dor e a secura do meu coração...

No cair da noite, eu creio assim, um vento frio tocou sua alma:

Era a minha sede de te ver, de falar contigo...Meu paraíso!

Não sei se tentastes me esquecer, mas meu desejo foi tão claro como a lua.

Tão vivo como as estrelas a despontarem no céu, nessa noite de solidão.

Em vão sua luta. A lua te convenceu no primeiro badalar dos sinos á meia noite

Na pequena capela...Aquela tão bela...E pensastes em mim...

Sem poder dormir...O cheiro dos meus cabelos te atordoava, e tua mente, contente,

Só pensava em mim...Era o remorso tomando conta do seu coração na solidão da

Madrugada...Fria...Vazia...Sem mim...

Não foi bastante o vento tirar teu sono...A insônia se aliou comigo neste velar insano.

Lutou com garras afiadas por tua busca, e o encontrou...Meu amor!

Ao alvorecer, cansado de tantos planos em vão, tu viste que a rotina não te leva a nada,

E que eu sou tua novidade de vida, porém ainda insististes em me deixar sozinha...

Raia o sol, e clareia o dia, pássaros cantam, corre-corre da vida...Esqueces tua amiga? Oh! Vida!

De um lado a outro...Sem nenhum sinal, meu corpo te chama, minha alma te clama, meu amor te ama ainda mais...E tu te contorces por dentro tentando ofuscar teu pensamento, de mim te libertar, estar em paz...

Inútil, em vão...Meus pés correm ligeiros ao teu encontro e o meu desejo incontido se faz garantido na vida ou na morte...Pra tua sorte!...Sou teu choro contido, o despertar do teu sorriso, agora que as perdas se achegam a ti...E engraçado, minhas lágrimas secam-se a ver tua voz transformam-se em risada...Que nada! Vira amor!

Lágrimas derramadas, por Deus colhida no odre santíssimo de dor...Milagre acontece e o meu peito em festa se faz outra vez.

Tarde tão bela...Transformo-me em fera te arranco a roupa...Tu retiras tua máscara e juntos nos conhecemos, na verdade quem somos...Dois corações esquecidos...Pelo destino desunido...Numa cela dura e fria...E nessa tarde tão bela, as flores, aquelas, que já haviam morrido, em seus espinhos feriram meu peito,porém sem ter outro jeito te dão abrigo.És o meu girassol, e ao teu redor eu perfumo e me encho de luz...

Nessa tarde te achegas...E assim eu digo: chega! Não vá embora jamais!Nunca mais...

Vem pra mim que eu te amo demais!