Uma Folha De Papel

Uma folha de papel. Ao lado, lápis de todas as cores.

Um poeta escolhe o de cor azul. Delicadamente pinta sua folha. Com sua imaginação e criatividade, visualiza o azul do mar. Sem pestanejar, mergulha seus sonhos e devaneios. Pega um travesseiro e deita junto à pintura. Uma onda de paz e ternura toma conta de sua alma. Sente a sua a pele salgada de mar. Como o olhar fixo no horizonte, acompanha um barco à vela que lentamente é levado pelo vento, despreocupadamente, sem pressa e sem medo do destino. O poeta, homem de meia - idade, sabe da importância de se ter um coração de menino, livre e ávido por travessuras, e também não tentar ter controle total da vida, algo impo- sível e neurótico. Cansado pelo trabalho e embalado pelas ondas de seu mar imaginário, o poeta adormece. Quando desperta,está de pés descal- calços na areia da praia, com um delicioso sol bronzeando seu corpo moreno, dando brilho ao seu dia. As águas banham seu corpo e renovam sua vida,seus sonhos e desejos. Lágrimas de poesia e alegria precipitam de sua face, caem na areia e desenham ao lado das conchas a palavra

ESPERANÇA.

Roberto Passos do Amaral Pereira
Enviado por Roberto Passos do Amaral Pereira em 07/06/2008
Reeditado em 07/06/2008
Código do texto: T1023869