O NONO MANDAMENTO (Excerto I*)
(...) Antes alva, a sua roupa se espalhavam pelo chão, a dor que sentia simplesmente não existia. O seu corpo nu, ainda vergonhoso, fervia de desejo. As mãos trêmulas pareciam querer pegar todo o homem que próximo a si mantinha. Ele esperava que ela desse sempre o primeiro passo, evitava tirar dela a sensação de bem fazer o que quisesse, do jeito que ela gostaria. Pedro sorria bobo sozinho, mas se entregava por inteiro.
Às vezes ele apertava com força o corpo de Marcella, ela respondia cada solavanco com uma respiração profunda, tinha medo de gritar, temia o que ele pensaria dela.
Os dedos compridos do jovem subiam pelo seu corpo, iam até a nuca da mulher e lá agarravam os cabelos dela que agora pendia a cabeça pra trás.
De repente ele parou, o que deixou ela ao mesmo tempo apreensiva e curiosa. Assustada ela o viu sorrindo pedindo que fechasse os olhos. Mesmo titubeando ela fez o que pedia.
Alguns segundos se seguiram até no momento que ela sentiu em seus pés um sopro fresco que subia por suas pernas trêmulas, sua anca se contraria na expectativa que aquele sopro divinal chegasse àquela altura. Ela esboçou um breve gemido mixado às mesmas respirações de surpresa.
O sopro divinal finalmente chegara onde suas pernas se encontravam, os gemidos frenéticos aumentaram seu volume, ela parecia querer dizer alguma coisa quando ele encostou o dedo indicador em seus lábios e ela logo entendeu que não devia falar.
O hálito fresco, agora na altura do umbigo, arrepiava os louros pêlos da barriga e de seus seios, onde ele se preocupou de refrescar ambos, subindo depois para seu colo, pescoço e nuca. Ela queria gritar, mas se sentia de alguma forma sufocada, entrando em uma espécie de transe, algo que nunca sentira antes, algo que mal sabia ela que sentiria muitas vezes naquela mesma noite. (...)
*TRECHO DE O NONO MANDAMENTO: OS (DES)ENCONTROS (EXTRA)CONJUGAIS