Sozinho

A luz não existia. Um arrepio tomou conta do meu corpo quando meus sentidos foram perturbados por risadas sinistras e macabras. Era como se crianças se divertissem com minha aflição. O cheiro de putrefação impregnou o ambiente quando ouvi passos pesados se aproximarem, como se alguém estivesse explorando o quarto. Aterrorizado, procurei refúgio nos lençóis. Meu coração batia tão forte que os sons cardíacos, a metros de distância, poderiam ser ouvidos, como se quisessem sair do peito. O cheiro de putrefação ficava cada vez mais forte a cada passo. As risadas aumentavam, e a certeza de não estar sozinho me levava a uma loucura devoradora.

FilipeAddams
Enviado por FilipeAddams em 22/08/2024
Código do texto: T8135018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.