Sozinho
A luz não existia. Um arrepio tomou conta do meu corpo quando meus sentidos foram perturbados por risadas sinistras e macabras. Era como se crianças se divertissem com minha aflição. O cheiro de putrefação impregnou o ambiente quando ouvi passos pesados se aproximarem, como se alguém estivesse explorando o quarto. Aterrorizado, procurei refúgio nos lençóis. Meu coração batia tão forte que os sons cardíacos, a metros de distância, poderiam ser ouvidos, como se quisessem sair do peito. O cheiro de putrefação ficava cada vez mais forte a cada passo. As risadas aumentavam, e a certeza de não estar sozinho me levava a uma loucura devoradora.