Cenas cotidianas 25
Laura acendeu mais um cigarro e foi para a janela. Ainda não tinha sono depois de um dia de trabalho em seu próximo livro .
Em uma tarde tranquila de domingo, a luz suave do entardecer banhava o pequeno apartamento de Laura, criando uma atmosfera serena e acolhedora. Sentada à janela entreaberta, ela observava o movimento da rua lá embaixo, perdida em seus pensamentos enquanto levava o cigarro à boca.
Com um gesto automático e familiar, Laura deixou que a fumaça se dissipasse lentamente pelo ar. Os aromas amadeirados e a sensação reconfortante do tabaco preenchiam o ambiente, criando uma espécie de refúgio particular onde ela podia se desconectar do mundo lá fora e se reconectar consigo mesma.
Enquanto observava as pessoas passando apressadas na calçada, Laura mergulhava em suas reflexões mais íntimas. Lembranças do passado se misturavam com sonhos para o futuro, criando um mosaico de emoções e desejos que dançavam em sua mente como sombras fugidias.
O crepúsculo tingia o céu de tons dourados e rosados, refletindo-se nos olhos de Laura que brilhavam com uma mistura de melancolia e esperança. O mundo lá fora seguia seu curso frenético, mas ali, naquela janela solitária, ela encontrava um instante de paz e introspecção que lhe permitia respirar fundo e se reconectar com sua essência mais profunda.
Enquanto o cigarro queimava lentamente entre seus dedos, Laura sentia-se envolta por uma sensação de liberdade e leveza. O tempo parecia estagnar naquele pequeno espaço entre o interior e o exterior, criando um limbo onde ela podia simplesmente existir sem pressa, sem expectativas, apenas sendo.
E assim, entre fumaça e pensamentos, Laura descobria naquele breve momento de pausa uma oportunidade de se reconectar consigo mesma e com o mundo ao seu redor. Enquanto a noite avançava lentamente sobre a cidade adormecida, ela sabia que aquele instante de tranquilidade na janela seria guardado como um tesouro precioso em seu coração inquieto.E teve mais uma ideia para o próximo capítulo do livro.