O por do sol - série contemplativas 04
Num fim de semana em Praia Grande na cidade de Arraial do Cabo, nós íamos ao pier para ver o pôr do sol. E todos que estavam presentes prontos para aplaudir o momento exato em que ele desaparecia. Eu arrumei um lugar mais distante bem de frente para aquele espetáculo da vida.
No horizonte distante, o sol começou sua lenta descida, tingindo o céu de tons dourados e alaranjados que se mesclavam em um espetáculo de cores inigualável. O crepúsculo anunciava o fim de mais um dia, mas também o início de um momento mágico de reflexão e contemplação.
À medida que o sol se aproximava do horizonte, sua luz suave banhava a paisagem com uma aura de serenidade e melancolia. As sombras se alongavam, criando silhuetas que dançavam ao ritmo da despedida do astro rei.
Os pássaros cruzavam o céu em um último voo, desenhando padrões complexos contra o pano de fundo do poente. O vento sussurrava segredos antigos, enquanto as folhas das árvores se curvavam em reverência ao espetáculo celestial que se desenrolava diante deles.
No momento exato em que o sol tocava o horizonte, uma sensação de paz invadia os corações dos observadores. Eu estava em êxtase. Era como se o universo inteiro fizesse uma pausa para apreciar a beleza efêmera e eterna do pôr do sol, lembrando-nos da fugacidade da vida e da eternidade do tempo.
Cada pôr do sol era uma obra-prima única, pintada pelo artista divino com pinceladas de luz e sombra. Era um lembrete de que, assim como o sol se punha a cada dia, também tínhamos a oportunidade de recomeçar e renovar nossas esperanças a cada amanhecer.
E assim, enquanto o sol se despedia no horizonte, deixando para trás um rastro de cores resplandecentes, éramos convidados a refletir sobre nossas próprias jornadas e a encontrar beleza nas despedidas que nos conduziam ao próximo capítulo da nossa existência.
Uma salva de Palmas para o sol que desaparecia no horizonte. Senti uma lágrima de felicidade escorrer por minha face.
Ainda fiquei lá por alguns momentos vendo a noite chegar .