O mar - série contemplativas 03
Eliane estava na praia olhando o mar. Seus pensamentos estava longe, tinha tristeza no olhar. Naquele momento, o barrulho das ondas lembravam uma antiga canção de ninar.
Nas profundezas azul-turquesa do oceano, o mar guardava segredos milenares e histórias silenciosas que ecoavam através das correntes marinhas. Cada onda que beijava a costa trazia consigo um sussurro da vastidão do universo, lembrando da nossa pequenez diante da imensidão.
O mar era um espelho da alma humana, ora calmo e sereno como um lago de águas tranquilas, ora turbulento e impetuoso como uma tempestade em fúria. Em suas marés, encontrava- se o reflexo das emoções, oscilando entre a paz e a agitação que habitavam nosso íntimo.
Eliane pensou nos navegantes corajosos que viam no mar não apenas um desafio a ser vencido, mas também um companheiro de jornada que os guiava rumo ao desconhecido. Sob o céu estrelado, as estrelas refletidas nas águas salgadas serviam como faróis de esperança em meio à escuridão.
Sabia que os pescadores humildes conheciam os segredos do mar, respeitando sua generosidade e temiam sua fúria. Em suas redes tecidas com paciência, encontravam o sustento para suas famílias e a conexão com a natureza que os sustentava.
E assim, o mar lhe ensinava lições de humildade e perseverança, lembrando de que somos parte de um todo maior e interconectado. Em sua imensidão infinita, encontrava-se a inspiração para seguir em frente, enfrentando as adversidades com coragem e gratidão.
Soube que podia sempre contemplar a grandiosidade do mar com reverência e admiração, sabendo que em suas águas profundas reside não apenas a beleza da natureza, mas também a sabedoria ancestral que nos conecta à essência da vida.
Eliane sentiu-se refeita e distante de suas tristezas. E pode seguir seu caminho em paz .