Agarrada aos troncos - série contemplativas 02
Joana sai pela varanda dos fundos para sentir a brisa matinal. Faz frio e ela se abraça ao pulover de lã, um espetáculo silencioso e encantador se desenrolava naquele quintal cheio de árvores frondosas. Em um emaranhado de galhos e folhas, orquídeas coloridas se agarravam firmemente aos troncos das árvores centenárias, criando um cenário de beleza e delicadeza. Sua casa pertencente ao seu bisavô que plantou cada muda, agora ali a sua frente.
Cada orquídea, com suas pétalas vibrantes e formas únicas, parecia dançar ao ritmo suave da brisa que soprava entre as copas das árvores. Sua presença ali, aparentemente frágil e delicada, contrastava com a imponência e solidez dos troncos que as sustentavam.
Ao observar essa cena de harmonia e simplicidade, Joana se viu imersa em reflexões sobre a vida e suas complexidades. As orquídeas, agarradas aos troncos das árvores, simbolizavam para ela a capacidade de encontrar beleza e força mesmo nos momentos mais desafiadores.
Assim como as orquídeas dependiam dos troncos para se sustentarem e crescerem, Joana compreendeu que todos nós precisamos de apoio e conexão para florescermos em nossa jornada. A união entre a delicadeza das flores e a robustez das árvores era um lembrete poderoso de que a verdadeira beleza reside na diversidade e na cooperação.
Enquanto o sol iluminava aquela manhã, tingindo o céu de tons dourados, ela sentiu-se grata por ter testemunhado aquela cena única da natureza. As orquídeas agarradas aos troncos das árvores haviam deixado uma marca indelével em sua alma, lembrando-a da importância de permanecer resiliente e flexível diante dos desafios da vida.
E assim, envolvida pela serenidade daquele lugar mágico , Joana voltou para dentro de casa para fazer seu café, com um coração renovado e uma mente repleta de inspiração, levando consigo o exemplo das orquídeas como um lembrete constante de que a verdadeira beleza está na simplicidade, na conexão e na capacidade de se adaptar às circunstâncias da vida.