A menina só- cenas cotidianas 13 

 

Elisa aprontou a mamadeira do irmão menor e se arrumou para escola. Ainda conferiu se o pai estava dormindo, pesadamente e de ressaca. Saiu com o pequeno pela porta que deixou encostada. Antes da aula deixava o irmão na casa de uma mulher que tomava conta de crianças pequenas. Foi muito difícil de convencer  o pai, mais queria demais, gostava muito da escola.

Ela era muito franzina e delicada, os cabelos lisos escorriam pelas costas e uma franja infantil. Já ia completar 12 anos e nenhum traço de puberdade tinha desabrochado. As feições lisas, o peito liso e mãos frágeis. 

Ninguém poderia imaginar que o pai, um sargento da polícia militar, viúvo a três anos desde o nascimento do segundo filho, a estuprava desde pequena. E depois que a mulher se foi ainda trazia amigos para fazerem sexo com a menina .

Numa manhã enquanto o pai dormia profundamente Elisa foi junto a farda dele e observou a arma junto o cinto. Admirou-se da potência dela. Já tinha visto ele limpar  e como fazia para ela disparar. Sentou-se na cama sentindo um pouco de dor. A noite não tinha sido fácil. 

Foi ao quarto levar a mamadeira para o irmão.  Entregou um avião de brinquedo a ele.

Voltou ao quarto do pai, pegou a arma do cinto e com um travesseiro, na tentativa de abafar, disparou um tiro em em seu peito. Seu corpo foi empurrado para trás. Ali mesmo deixou a arma.O irmão não se assustou, continuou brincando com o avião.  

Ela foi para porta de casa e sentou-se no chão. A dor que a incomodava era na barriga. Como cólicas,  doía nas costas também. Esperava alguém aparece pelo barulho do disparo. Quando cruzou  as pernas observou que um filete de sangue escorria pela coxa.

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 28/06/2024
Código do texto: T8095458
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