Bombom
— Me dá um bombom?
— Não. É o último da caixa.
— E é qual deles?
— O meu preferido.
— O de banana?
— É. Guardei pro final.
— Também é o meu favorito.
— E daí?
— Daí que podemos dividir.
— Nem pensar.
— Quebra o meu galho.
— Tá bom. Vou morder e você pega a metade, com a boca.
— Tá.
— Vai.
— Hum… Valeu, querida.
— Você comeu mesmo.
— E não era pra comer?
— Não. Era um pretexto pra gente se beijar.
— Foi mal.
— Por isso que tá gordo desse jeito.