No final do caminho... com o meu cão.
O cachorrinho era pequeno, marronzinho. Era nós andando, na estrada batida, no meio da imensidão. Quente! Mas ele ligava? Cachorro é bicho muito feliz, desistido da tristeza, conformado com a vida. Íamos, distâncias. Minhas pernas doíam. E acha que ele estava como? Ah... correndo, saltitando! Ao meu lado, a cada momento, dando corridinhas para frente e retornando, me chamando para ir na medida da ansiedade dele. Alegria, demais. Sede, também. Esses caminhos são árduos, ainda mais quando só se encontra a terra seca, nem pau d'árvore, que enche os olhos com suas folhas e sua existência. Nadica. Nem avezinha alguma lá vi. Aceitaria até mesmo urubu, mas nem isso. Era a brancura do nada... e meu cachorro; era minha alma? Ela, nesse mundo-sertão, é como esse cão? Até pensei: notei a tristeza toda do ambiente, acabei esquecendo daquele serzinho contente. E chegamos, queria mostrar a ele: a porçãozinha de água naquele nada, rodeada de florzinhas miúdas. Transparente! Veja você, quando ele se viu no oásis...: latiu.