O VIAJANTE

Em algum lugar do interior, cercado por plantações de arroz de um lado e pela floresta do outro, um homem caminhava pela estrada de terra e lama. Era um homem por volta de seus 30 com as roupas sujas e barba por fazer, não carregava nada, apenas caminhava sem falar uma única palavra.

Sem mudar o seu ritmo e sem parar para descansar, ele seguiu a estrada durante todo o dia, mesmo sem saber de onde ele vem, sem dúvida a muito tempo ele caminha. O homem que parecia caminhar sem rumo de repente para, não parecia ser um local especial, porém ele muda sua trajetória e começa a se deslocar em direção a floresta.

A floresta que há pouco possui vida, onde os animais cantavam e faziam barulhos, agora parecia fazia, o único som que podia ser escutado era o som dos pés do homem quebrando alguns ganhos secos enquanto caminhava.

Uma longa caminhada se seguiu dentro da floresta, até o homem encontrar uma casa, era simples feita de madeira retorcida e com musgo devido ao clima úmido da floresta, sua porta estava entreaberta. A casa é olhada com atenção pelo homem, mas ele não a adentrou, passou pela casa e continuou a caminhar.

A noite chegou, sem luz e tropeçando em algumas raízes o homem continua sua caminhada. De repente o silêncio da floresta é vencido pelo som de água corrente, assim com mais alguns passos o homem encontra um rio que brilhava refletindo a luz da lua cheia.

As margens do rio se encontrava uma mulher sentada, ela era iluminada pela luz da lua. Ela estava molhada como se acabasse de sair do rio, apresentava um pele branca e pálida, o que a fazia quase brilhar, além dos longos cabelos ruivos e dos olhos que apresentavam alguns tons de vermelho.

Ele se aproxima dela devagar, caminhando de forma que não perdesse o seu olhar de foco, quando estavam próximos ele estende sua mão, a mão branca e pálida da mulher segura a mão do homem, assim ele ajudou-a levantar. Ela olha para ele com os olhos tristes e melancólicos, o homem toca o seu rosto e mostra um breve sorriso. Assim, ainda segurando a mão da mulher, os dois começam a caminhar.

Enquanto os dois adentraram a floresta, se perdendo na escuridão da noite, o silêncio da floresta sombria da floresta é vencido pelo sons de sirenes que ecoam por toda parte.

Luciano Allves
Enviado por Luciano Allves em 01/03/2022
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