INSANIDADE
_ Vamo ver quem ganha!
Uma corrente amarrando o isqueiro, agora o Senhor que beirava seus setenta anos, almejava dar uma lição aos duendes, que ele acreditava amaldiçoar a sua casa.
_ Criaturas demoníacas!
Suando a rapé, a estrutura do velho, se confundia com um longo passado de declínio. Com a memória sucumbida por uma irrelevância de ser, as circunstancias sempre o deixava estagnado.
_Onde está o isqueiro?
A febre de vingança deixava o velho com urticária, que também era abençoada com a falta de banho. A casa toda revirada e nem sinal de isqueiro ou duendes. Tentando ajeitar a dentadura, o velho procurava uma forma concisa de expor seus pensamentos. Então, assim estático, sentou-se. Com a fronte voltada para um horizonte espectral, o velho tirou o isqueiro do bolso, acendeu um cigarro e gesticulou com os cílios uma nova e grande vingança.
_Vamo ver quem ganha?