Honra!
Em uma época distante, na divisa do Rio de Janeiro com
Minas Gerais, tinha um caminho tradicional de tropeiros,
onde parada obrigatória, era em uma botica, cujo propri-
tário, um farmacêutico português, muito conceituado no
vilarejo. Também era uma parada para descanso, tanto
dos animais, e dos tropeiros que iam para Minas.
Como de costume, três tropeiro tinham o costume de fa-
zer uma limonada com bicarbonato de sódio, comprada
na botica do português.
Certo dia, os três tropeiros preparavam sua limonada e
compraram o bicarbonato, mas quem atendeu foi um
funcionário, o farmacêutico português não estava, foi
atender um fazendeiro longe dali.
O funcionário, por ironia do destino, vendeu aos tropeiros
um veneno fatal, ao invés do bicarbonato.
Os três tropeiros consumiram a limonada e morreram.
A vizinhança culpou o português, pela tragédia.
O português afetado pela culpa, preparou seu caixão,
colocou seu melhor terno, deitou nele, e tomou o veneno.
A botica foi desaparecendo com o tempo, ficou só na
lembrança daquele vilarejo, a morte do português em
nome da honra.