Confuso ou Sem Fuso?

- Ao amanhecer do dia, o sol já raiava, abri a janela para ver quem era o desavisado que buzinava aos meus ouvidos...

- Aff quanta inconveniência! Avistei um galo doido sem fuso para nada, e que nessa urbanidade aloprada esqueceu-se de cantar na sua ilustre madrugada.

- Os tempos podem até serem novos, mas a sandice, essa sim nunca foi tão atual.

- Veja só o bicho que tem inclusive missa em sua homenagem, um festão que acontece pontualmente a meia noite, resolve descrer de horário se atrevendo a cacarejar no profundo do meu soninho.

- Respirando... Igual me ensinou a terapeuta, voltei para cama dando um desconto, hoje em dia todos parecem cantar sem horário previsto, porque de nervosismo, ansiedade ou cócegas, estima-se que boa parte da humanidade se autoafirma afetada.

- Pensando aqui... Faz sentido esse imbróglio! Está ai o motivo de ter viralizado aquele antigo ditado que diz "quem canta seus males espantam", o galo devia tá sentindo uma vontade do caramba de esquentar a goela, a nobre ave tava era se aliviando do estresse.

- Entendi que de poleiro em poleiro, tiquim daqui, tiquim dali, ele vai se adequando. Como escrito na cartilha das suas digníssimas, "as galinhas", de grão em grão se enche o papo!

- É... Resiliência minha gente! E assim, o veterano cocorocó dentro ou fora do horário considerado ideal, será sempre um despertar oportuno.

CarlaBezerra

Divina Flor
Enviado por Divina Flor em 31/07/2020
Reeditado em 31/07/2020
Código do texto: T7021888
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